Tragédia em Santa Maria

Justiça Estadual inicia segunda fase do processo da Kiss

Lizie Antonello

Os depoimentos de quatro testemunhas de acusação marcarão o início da segunda fase do processo criminal da boate Kiss na Justiça Estadual.

A audiência está prevista para começar às 9h30min. Pela manhã, devem ser ouvidos Azarias Vidal do Nascimento, ex-segurança da boate, e Daniel Rodrigues, gerente da Kaboom _ loja onde foram comprados os artefatos pirotécnicos usados pela banda Gurizada Fandangueira e que, em contato com a espuma que revestia o teto do palco, deram início às chamas. À tarde, prestarão depoimento, Diogo Roberto Callegaro, primo de Elissandro Spohr (o Kiko, um dos sócios da casa noturna), e Christian Abade Machado, taxista que estava em frente à Kiss na madrugada da tragédia.

Ao todo, 16 testemunhas de acusação (indicadas pelo Ministério Público) falarão à Justiça em quatro dias de audiências _ quinta e sexta-feiras desta semana e nos dias 30 de maio e 10 de junho. Diante do juiz Ulysses Fonseca Louzada, que conduz o processo, elas assumirão o compromisso de dizer a verdade sob pena de serem processadas. As sessões ocorrerão no Salão do Júri, no Fórum de Santa Maria. Na primeira fase do processo, prestaram depoimento sobreviventes da tragédia que não tinham esse compromisso.

Na próxima etapa, serão ouvidas as testemunhas de defesa. As audiências ainda não foram marcadas. Depois, serão ouvidos peritos e, por último, réus. Não há previsão de prazo para que o juiz dê a sentença, momento em que ele escolherá uma entre quatro opções: a pronúncia (os denunciados serão submetidos ao júri popular), a impronúncia (o processo é encerrado por falta de materialidade do crime), a desclassificação (o crime pode ser passado de doloso para o culposo e, com isso, não ser julgado pelo tribunal do júri e sim pelo próprio juiz) ou a absolvição sumária (o magistrado reconhece que o crime não foi praticado pelo réu).

São réus no processo criminal por homicídio e tentativa de homicídio com dolo eventual qualificados por asfixia, incêndio e motivo torpe os donos da Kiss, Elissandro Spohr e Mauro Hoffmann, o vocalista da Banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor de palco, Luciano Bonilha Leão.

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