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Juíza pede para que júri do Caso Bernardo ocorra em Porto Alegre

Foto: Reprodução

O Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul (TJRS) recebeu, nesta segunda-feira, o pedido de autorização para que o júri dos réus que respondem pela morte do menino Bernardo Uglione Boldrini seja realizado em Porto Alegre e não mais em Três Passos, como a Justiça havia determinado. O pedido de transferência de local (desaforamento), feito pela juíza Sucliene Engler Werle, titular da Vara Judicial da Comarca de Três Passos, ao presidente do TJRS, o desembargador Carlos Eduardo Zietlow Duro, tem base nas manifestações realizadas pela comunidade, com pedidos de justiça pela morte de Bernardo.

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De acordo com a juíza, a medida é necessária para garantir o interesse da ordem pública, a imparcialidade do júri e a segurança pessoal dos acusados. No pedido, ela cita que a casa onde Bernardo morava segue sob vigília, com fotos, flores, cartazes e dizeres referentes à morte do menino. Além disso, sites e páginas em redes sociais pedem justiça para o caso. Ainda conforme a magistrada, quando os réus são levados à cidade para algum ato processual, carros de som reproduzem a voz do menino gritando por socorro. 

Desta forma, na avaliação da juíza, "não há como identificar se algum dos possíveis jurados, que serão sorteados na sessão plenária, não participou das manifestações anteriormente realizadas na cidade; não tenha se manifestado nas redes sociais sobre o fato ou que tenha algum vínculo com as pessoas ouvidas na fase inquisitorial e processual, o que causa a dúvida sobre a imparcialidade do júri, principal motivo para o pedido de desaforamento, pois fere diretamente o princípio constitucional do juízo natural. Não há, pois, possibilidade de haver um julgamento justo com o corpo de jurados parcial". Ela também afirma que "a bem da verdade, é improvável que algum cidadão trespassense não tenha, em algum momento, se manifestado acerca do processo em questão, o qual, destaco, ganhou repercussão a nível internacional."

O CASO
Bernardo Uglione Boldrini, na época com 11 anos, desapareceu em 4 de abril de 2014, em Três Passos. O corpo do menino foi encontrado na noite de 14 de abril do mesmo ano, dentro de um saco plástico e enterrado em uma cova vertical, às margens de um rio, em Frederico Westphalen. A morte do menino causou grande comoção, com repercussão internacional. 

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Quatro pessoas seguem presas por envolvimento na morte do menino. O médico Leandro Boldrini, pai de Bernardo, responde por homicídio quadruplamente qualificado, ocultação de cadáver e falsidade ideológica . A madrasta do menino, Graciele Ugulini, foi acusada de homicídio quadruplamente qualificado e ocultação de cadáver. A amiga dela, Edelvânia Wirganovicz, e o irmão de Edelvânia, Evandro Wirganovicz, respondem por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver.

Depois da decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ), que negou recurso de Leandro Boldrini, os autos do processo retornaram para a Comarca de Três Passos. As defesas apresentaram os pedidos de diligências e, ao todo, 28 testemunhas deverão ser ouvidas no Tribunal do Júri.

*Com informações do site do TJRS.

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