júri da kiss

Jader Marques é quem faz a defesa de Elissandro Spohr desde 2013

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Ao longo do julgamento do Caso Kiss, um dos advogados que as pessoas mais veem em plenário é Jader Marques, 47 anos. Ele defende Elissandro Spohr, o Kiko, réu e ex-sócio da boate. Normalmente, ele é um dos profissionais que mais faz perguntas aos depoentes. O objetivo é construir uma linha de raciocínio, que deve ser usada na hora de defender o cliente na próxima etapa do julgamento: os debates.

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Nos primeiros dias de trabalho, Jader protagonizou alguns dos principais fatos paralelos ao júri, como acionar o Ministério Público (MP) sobre o fato de a instituição ter usado banco de dados do governo ao formar a lista com nomes de pessoas a serem sorteadas para esse e outros júris.

Também foi o advogado que discutiu com o juiz Orlando Faccini Neto sobre o intervalo para uma refeição, e que acabou ganhando a internet pelo tema inusitado: uma marmita. Ele não foge da questão. Ao invés de deixar passar, entrou na onda dos internautas, e, no dia seguinte, pelo Instagram, publicou uma foto de uma marmita em uma mesa de trabalho. Em outro momento no júri, Jader pontuou regras de uso de extintores. Em seguida, fotografou um extintor da sala do júri e postou na rede social, desta vez, sem texto, deixando a interpretação aos seguidores.

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A visibilidade vai além do meio digital. Jader foi o único dos defensores a conceder entrevista coletiva às vésperas do julgamento. Na ocasião, ele questionou a reprodução virtual da Kiss apresentada pelo MP e mostrou um modelo encomendado pela defesa, que é o utilizado quando ele e os colegas fazem perguntas aos depoentes.

RELAÇÃO COM O CASO
Jader participa do caso como defensor de Kiko desde 2013, logo após a tragédia. Ele é enfático, ao longo de entrevistas e manifestações, ao dizer que mais pessoas deveriam estar no banco dos réus. Foi por petição dele que o ex-prefeito de Santa Maria Cezar Schirmer e o promotor de Justiça Ricardo Lozza serão ouvidos hoje na condição de testemunhas no processo. Doutor em Direito, o líder da defesa de Kiko também é professor na Escola de Criminalistas.

As referências de Jader são os advogados criminalistas Amadeu Weinmann e Oswaldo Lia Pires. Weinmann, além de dar nome à biblioteca no escritório de Jader Marques, em Porto Alegre, também atua no Caso Kiss, mas na assistência de acusação.

- É muito difícil lidar com o sentimento dessas pessoas que tiveram perdas imensas. Por outro lado, o profissional separa um pouco essa dor para poder buscar na técnica jurídica os elementos que garantam ao seu cliente um julgamento justo - disse Jader.

Em 2013, depois da concessão de liberdade provisória aos quatro réus do processo, Jader foi agredido pela mãe de uma vítima do incêndio na Kiss. À época, a mulher deu um tapa no rosto do advogado, que registrou ocorrência.

EQUIPE
Também atuam na defesa de Spohr Leonardo Sagrillo Santiago, 34 anos, advogado de Santa Maria e recém eleito vice-presidente da subseção local da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB). Professor de Direito na Faculdade Palotina de Santa Maria (Fapas), ele explica que ingressou no Caso Kiss ainda no começo da carreira:

- Passei a integrar a equipe de defesa de Kiko Spohr quando eu tinha pouco mais de um ano de advocacia. Entrei na defesa no início da ação penal e, naturalmente, esse processo me acompanha desde o início da carreira. Posso afirmar, tranquilamente, que estamos diante de uma das denúncias mais equivocadas do direito penal brasileiro. Torço que o tribunal popular conserte esse erro histórico - diz Leonardo.

Jader e Leonardo ainda contam com a ajuda de Adler Brum, 41 anos, advogado e professor universitário e que também atua na Escola de Criminalistas. Por vezes, junto da defesa, estão pessoas da produtora que prepararam os materiais utilizados.

DEMAIS CASOS
Além do Caso Kiss, o processo de maior repercussão no qual Jader atua é o da ex-deputada Flordelis dos Santos de Souza (PSD-RJ). Ela perdeu o mandato em agosto deste ano depois de ter sido presa por suspeita de envolvimento na morte do marido, o pastor Anderson do Carmo.

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