Já passou protetor solar? Dermatologista destaca a importância do produto na prevenção ao câncer de pele

Arianne Lima

Já passou protetor solar? Dermatologista destaca a importância do produto na prevenção ao câncer de pele
Foto: Pedro Piegas (arquivo/Diário)

Com a chegada do verão, os santa-marienses se preparam para aproveitar plenamente o período em clubes, praias e balneários. Neste processo, os cuidados com a saúde e principalmente, com a pele, não devem ser ignorados. Antes do encerramento do Dezembro Laranja, mês de conscientização e prevenção ao câncer de pele, especialistas destacam precauções que devem ser tomadas não apenas nesta estação, mas durante o ano inteiro.

Use protetor solar

Fundamental para evitar desde queimaduras na pele até o envelhecimento precoce da mesma, o protetor solar também é um aliado na prevenção a determinados tipos de câncer de pele. Em entrevista ao Jornal do Diário na segunda-feira (26), a médica dermatologista e professora da Universidade Franciscana (UFN), Tanise Schorn, falou sobre o papel desempenhado pelo produto e a escolha dos Fatores de Proteção Solar (FPS):

– O fator de proteção solar é calculado in vitro pelos fabricantes. Eles determinam o tempo de exposição ao sol, quantidade do produto e a área a ser aplicada. Então, esse 30 ou 60 significa que você está 30 vezes mais protegido da radiação do que se não estivesse usando. Sempre oriento meus pacientes para que usem um fator de proteção de, no mínimo, 50, porque não se sabe a quantidade de produto que será usado ou se vai ser reaplicado.

O sol também é conhecido como um dos principais estimulantes na produção da vitamina D no corpo humano. Este hormônio é contribui para o fortalecimento dos ossos, dentes e músculos, do sistema imunológico, assim como na prevenção de diversas doenças, ao auxiliar na regulação de quantidades de cálcio e fósforo. A exposição da pele à radiação solar é importante para a ativação, mas há especialistas que questionam se o processo não é comprometido pelo uso do protetor solar. Sobre a questão, Tanise afirma que é preciso considerar o fato de que os danos da radiação tendem a ser muito piores do que a deficiência da vitamina D.

– Eu sempre oriento meus pacientes que, se necessário, após uma dosagem laboratorial, se houver uma deficiência, ai sim suplementação oral. Caso o contrário, protetor solar sempre, todos os dias, inclusive nos chuvosos. Temos que pensar também que essa sintese de vitamina D a partir da radiação pode ser uma exposição solar muito pequena em áreas, que não necessariamente no rosto, mãos, orelhas e pescoço, que são regiões do nosso corpo que são permanentemente expostas ao longo do ano, independente de ser verão ou inverno. Então, coloque um pouquinho sua perna no sol por 10 ou 15 minutinhos para a sua vitamina D, se você fizer questão ou tiver necessidade. Caso o contrário, protetor solar sempre.

Tipos de câncer de pele

Em novembro deste ano, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) divulgou as estimativas para os próximos anos. Conforme a publicação, o país deve registrar 704 mil novos casos de câncer por ano entre 2023 e 2025. Entre os cânceres de maior incidência, está o de pele. Tanise explica que alguns tipos são monitorados atualmente:

–Temos basicamente três tipos de câncer de pele: o melanoma, que é o mais grave e letal; e os carcinomas basocelular e espinocelular. 30% dos melanomas ocorrem a partir de pintas que já existem no nosso corpo, sejam elas de nascença ou não. Já 70% ocorrem de lesões novas, que não existiam anteriormente. Então, precisamos nos preocupar com as lesões que aparecerem na nossa pele, sejam elas mais escuras, avermelhadas ou que não cicatrizam, porque pode ser sim um câncer de pele.

Conforme a especialista, o câncer de pele têm prevalência em ambos os sexos. Neste processo, a autoexame é importante, especialmente no que envolve pintas e manchas.

– Precisamos estar atentos a nossa pele, porque ele é o maior orgão. É externo e conseguimos ver com os nossos olhos, não sendo necessário fazer um exame mais sofisticado para enxergar as lesões. Então, é importante que o paciente olhe e perceba suas pintas. Se elas mudaram de tamanho, de coloração, se escureceram, se coçam ou sangram, porque todos esses sinais são importantes – enfatiza a dermatologista.

De acordo com o Inca, os casos de câncer de pele não melanoma devem representar 31,3% do total nos próximos anos. O que muitos não sabem é que os efeitos do principal fator que contribue para o desenvolvimento deste tipo de câncer são evitavéis e o protetor solar faz parte deste processo.

– Para o melanoma, que é tipo de câncer mais grave, o principal fator de risco é o histórico familiar. Alterações ou características genéticas que o indíviduo carrega são também definitivas para que o paciente tenha este tipo de câncer de pele. Já os carcinomas, sim, estão mais relacionados a radiação solar. Então, individuos que tem uma ocupação profissional no qual se expõem mais ao sol, estão mais vulneráveis, sucetivéis a desenvolver este tipo de câncer de pele – destaca Tanise.

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