Lateral da seleção brasileira na Copa do Catar, Daniel Alves, 39 anos, está preso preventivamente desde a última sexta-feira (20). Ele é acusado de estuprar uma jovem de 23 anos em uma boate em Barcelona em 30 de dezembro do ano passado. Na sexta, ele foi transferido de presídio em Barcelona e divide cela com outro brasileiro, acusado do mesmo crime. O jornal El Periodico diz que o atleta estaria consciente que a prisão pode durar muito tempo e que ele não quer ver nem ouvir o que os noticiários espanhóis estão falando sobre ele. Inclusive, Daniel Alves teria recusado a possibilidade de assistir televisão.
Daniel Alves prestou depoimento na sexta e deu sua versão diante da juíza Maria Concepción Canton Martín. No entanto, conforme a imprensa espanhola, ele teria caído em contradição com relação ao primeiro depoimento, ao ter sido confrontado sobre provas apresentadas pela vítima. Ele afirmou que a conhecia, mas que a relação sexual entre os dois teria sido consensual.
As contradições foram essenciais para que a juíza decretasse a prisão provisória, sem direito a fiança. Ainda de acordo com o El Periodico, a jovem foi examinada por um médico legista após ser encaminhada a um hospital, e foram detectadas lesões compatíveis com luta e vestígios de líquido seminal. A perícia também teria encontrado impressões digitais de Daniel Alves, confirmando o depoimento da vítima, e desmentindo o jogador. O El Periódico ainda revelou que surgiram novas imagens da mulher que acusa Daniel Alves de agressão sexual.
Um policial que trabalhava na boate Sutton com uma câmera no peito, no dia que o episódio teria acontecido, gravou acidentalmente as primeiras palavras da jovem. Ela estava nervosa e chorando. O Pumas, do México, rescindiu o contrato com Daniel Alves por justa causa depois da detenção. O brasileiro ficará preso até a investigação terminar.