Cerca de 50 funcionários da UFSM, que estão em greve há quase um mês, ocuparam o prédio do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE), no campus, na manhã desta quarta-feira.
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Entre as 5h30min até as 10h, professores e alunos foram impedidos de acessar o local. Conforme o secretário geral do gabinete do reitor, Marionaldo Ferreira, a administração da universidade respeita a atitude, e esteve no local, pela manhã, para dialogar com os grevistas.
Após a liberação do prédio, a diretoria do centro deve avaliar se aulas serão retomadas ainda pela manhã ou se as atividades só retornam à tarde.
Segundo Loiva Isabel Marques Chansis, da coordenadoria geral da Assufsm e integrante do comando local de greve, a mobilização quer chamar a atenção do governo federal para os cortes no repasse de verba para a instituição. Entre outras reivindicações, os grevistas são contra a iniciativa privada dentro da UFSM:
Escolhemos o CCNE por ser um prédio que trabalha com parceria público-privada. A privatização também é por dentro. Muitos pesquisadores têm convênios com grandes empresas privadas, e nós entendemos que o orçamento dentro das universidades tem que ser publico esclarece Loiva.
O comando local de greve deve realizar outras mobilizações, como a desta quarta, em outros centros de ensino da universidade. A ideia é que um prédio seja ocupado por semana.
Faz parte ocupar os lugares. A greve é um movimento de resistência. Primeiro conversamos com técnicos que não estão em greve. Em seguida, dialogamos com estudantes, porque a nossa luta é contra a política de cortes. É de todos. Para-se hoje, para não parar no futuro declara a grevista.
Para a tarde, está prevista uma mobilização no campus da UFSM em Cachoeira do Sul. Na quinta-feira, cerca 35 funcionários grevistas devem participar de uma audiência pública sobre a terceirização das universidade, que acontece em Porto Alegre.
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