Governo do RS deve anunciar novas medidas de enfrentamento à estiagem; na região 39 municípios decretaram emergência

Eduarda Paz

Governo do RS deve anunciar novas medidas de enfrentamento à estiagem; na região 39 municípios decretaram emergência

Eduardo Ramos

Foto: Eduardo Ramos (Diário)

Durante esta semana o governador do Estado, Eduardo Leite, e secretários participaram de uma reunião com representantes da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag) para tratar sobre ações de enfrentamento à estiagem. Na Região Central, 39 municípios decretaram situação de emergência. Em entrevista ao programa Bom Dia, Cidade, da CDN 93,5 FM, o secretário da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Giovani Feltes, explica quais medidas o governo do Estado está tomando para minimizar os efeitos da estiagem nos municípios que já decretaram situação de emergência.

O Rio Grande do Sul tem 497 municípios e, de acordo com dados da Defesa Civil, são 297 que, até o momento, decretaram de situação de emergência.

Programa Avançar

O investimento previsto no programa Avançar para projetos e ações que reduzam o impacto da estiagem no Rio Grande do Sul é R$ 320 milhões, parte desse valor foi executada no ano passado, e outra será em 2023. Conforme o secretário, um dos pilares do programa é a perfuração de poços artesianos e repasses de recursos para os municípios.– Vamos publicar um edital para que as localidades possam se habilitar para uma subvenção financeira. Assim, esses municípios consigam perfurar os próprios poços. E outra forma também, são os equipamentos da secretaria do Estado que tem percorrido regiões do Rio Grande do Sul perfurando poços. Nos últimos meses, mais de duas centenas foram perfurados, reduzindo efeitos da estiagem.

Além disso, o Avançar atua também na distribuição das cisternas que, segundo Feltes, vai começar a ser feita com certa agilidade nas próximas semanas para beneficiar as municipalidades que aderiram a esse programa, como uma forma de fazer uma espécie de reserva de água.

Mesmo com as chuvas dessa semana, a cultura mais afetada continua sendo a do milho. O Estado produz e importa em grande quantidades esse produto:– A estiagem traz um grande problema. Vamos ter que, novamente, importar muito milho de outros estados, como Mato Grosso e Goiás. Ou também de alguns países vizinhos – comenta o secretário de Agricultura.

Efeitos

Os reflexos da estiagem são sentidos na parte econômica e social do Estado. Mais de 220 cidades do Rio Grande do Sul, já receberam recursos para cavar poços artesianos. O objetivo é que consigam fazer mais de 12 açudes, por exemplo, explica Feltes.

Em 6 de fevereiro, o deputado licenciado e secretário de Assistência Social Beto Fantinel (MDB), integrou a comitiva do Palácio do Piratini que foi para Brasília para tratar de medidas emergenciais para amenizar a estiagem no Estado. Ainda não se tem resposta relacionada aos recursos do governo federal para o enfrentamento dos efeitos, mas o secretário espera que em breve possam receber algum retorno. Ainda na tarde desta quinta-feira (16), o governador deve anunciar medidas de curto, médio e longo prazo para minimizar as consequências da estiagem.

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