Exposição Morfa questiona a influência de filtros e outras tecnologias

Mirella Joels

Exposição Morfa questiona a influência de filtros e outras tecnologias

NathSchneider

Foto: Nathália Schneider

Videochamadas e o uso de filtros nas redes sociais se tornaram práticas rotineiras durante o isolamento social. Além de ser uma forma de manter o contato com amigos e familiares, as reuniões por vídeo também foram adotadas pelo meio corporativo e acadêmico. O artista visual Raul Dotto transformou esse fenômeno em obras que questionam a relação entre tecnologias e a construção da autoimagem. A exposição MORFA está instalada na sala Iberê Camargo, no Museu de Arte de Santa Maria (MASM) e está aberta ao público até domingo, dia 28 de agosto.Os trabalhos que deram origem à exposição são resultado da pesquisa de Raul Dotto para o Doutorado em Artes Visuais da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM). As videochamadas, recorrentes durante a pandemia, despertaram o interesse pela temática da tecnologia e da construção da autoimagem: – Quando eu fazia videochamada, percebi que estava dando muito mais atenção para o meu rosto do que para as pessoas que estavam participanado. Então, comecei a prestar atenção nesse fenômeno de como o convívio social mediado pela tecnologia colocava minha atenção muito mais em mim do que nos outros. Percebi também o uso com maior frequência de filtros nas videochamadas também, às vezes para descontrair e tudo isso começou a fazer parte do meu imaginário. Assim, comecei a buscar compreender essa relação de como eu me projeto no mundo a partir de toda essa mediação tecnológica – explica Raul.

Foto: Nathália Schneider

Ao todo, são 15 trabalhos entre esculturas, fotografias, vídeo, projeção e séries de desenhos. As obras estão dispostas na Sala Iberê Camargo, acompanhadas de uma iluminação azul que simula a cor das telas. A curadoria e ambientação foram pensadas por Raul e o curador Yago Gustavo Silva:– Quando a gente conheceu o espaço, pensamos em brincar com a luz, com os sons também, para além dos tridimensionais. A ambientação que criamos lembra uma grande instalação. Os objetos funcionam de forma independente, mas também conversam entre si, como se puxasse quem visita para refletir – comenta Yago.

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A exposição é um convite para refletir e experenciar a realidade virtual representada, inclusive, pelos objetos. Raul percebe que não conseguimos mais viver sem a tecnologia, mas questiona o quanto ela pode nos influenciar: – É importante saber lidar com isso. Tentar racionalizar de que essa tecnologia influencia tanto e o que isso impacta no dia a dia, em mim mesmo. Refletir para ter um olhar mais crítico.

Foto: Nathália Schneider

Morfa

Onde – Sala Iberê Camargo, Museu de Arte de Santa Maria – Av. Presidente Vargas, 1400.Quando – das 8h às 16h, até o dia 28 de agostoAberto ao público Leia todas as notícias

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