
Acadêmicos que fazem parte do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) protestaram contra as condições de trabalho e da carga horária abusiva. Os cerca de 80 estudantes dos cursos de Enfermagem, Fisioterapia, Terapia Ocupacional, Fonoaudiologia, Nutrição, Psicologia, Serviço Social, Farmácia e Odontologia fizeram, na manhã de hoje, uma manifestação na frente do Hospital Universitário de Santa Maria (Husm).
Entre as reivindicações, está a escala de trabalho, que, segundo os residentes, em vez de eles estarem atuando de forma complementar, estão substituindo profissionais. Ainda segundo os estudantes, as 60 horas previstas no programa deveriam ser divididas entre atividades educacionais e práticas, mas isso não acontece. Os residentes atuam nas áreas de atenção básica, saúde mental, vigilância em saúde e na rede hospitalar do município e do Husm.
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Por meio de uma nota, a assessoria de comunicação do hospital informou que houve paralisação de 46 residentes multiprofissionais com atuação no Husm, porém, a instituição não havia sido informada oficialmente sobre os motivos que levaram à mobilização. A nota traz ainda que a Gerência de Ensino e Pesquisa está aberta a ouvir o que pontuam os residentes, mas entende que a primeira instância de reivindicações deve ser resolvida com a Coordenação do Programa de Residência Multiprofissional Integrada em Saúde (Coremu), no Centro de Ciências da Saúde, responsável pelo Programa de Residência. A paralisação não afetou os serviços do hospital.
Conforme a Secretaria de Saúde do município, cerca de cinco funcionários são comuns ao quadro do Executivo e ao Husm. Ainda de acordo com a pasta, nenhum serviço de saúde prestado pela prefeitura foi afetado em função da manifestação.
A equipe do Diário também entrou em contato com a coordenação dos residentes, mas não obteve retorno.
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O QUE ALEGAM OS ESTUDANTES Carga horária de trabalho excessiva Más condições de trabalho Falta de profissionais Substituição de profissionais Assédio moral por parte de instituições de saúde em Santa Maria (não foram especificadas quais instituições)