O resultado do primeiro turno a governador do Rio Grande do Sul foi surpreendente em relação ao que apontavam as pesquisas eleitorais. O deputado federal Onyx Lorenzoni (PL), candidato do presidente Jair Bolsonaro (PL), chegou em primeiro lugar e não em segundo, como apontavam os levantamentos. Na liderança pelas pesquisas, o ex-governador Eduardo Leite (PSDB) travou uma disputa eletrizante com o candidato do PT, deputado estadual Edegar Pretto. Até quase o final da apuração, os dois estavam colados. Só na contagem final é que Leite conseguir garantir lugar no segundo turno.
Pela disputa apertada, tudo indica que votos de Leite migraram para Edegar na reta final. O petista teve um crescimento bem considerável, entretanto longe de Onyx, que aparecia em segundo lugar. A peleia final será com Onyx e Leite e, a julgar pela último debate e o horário eleitoral, será também em alta tensão.
O PT não chega no segundo turno nas duas últimas eleições. Até 2014, o PT disputou todos os segundos turnos – e isso desde que é possível a reeleição, desde 1998. O deputado estadual Edegar esboçou uma reação na reta final, muito pelo fato de ter colado no ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva tanto na propaganda eleitoral quanto nos últimos debates.
Assim como os presidenciáveis, os dois candidatos ao Piratini terão de buscar apoios para o segundo turno. Os votos de Luis Carlos Heinze (Progressistas) e Roberto Argenta (PSC) tendem a migrar para Onyx. A grande incógnita será o que fará a esquerda – votos que podem ser decisivos. Leite terá de buscar apoio no outro lado da trincheira.
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