Em segundo dia de campanha, Central da Solidariedade registra baixa adesão em Santa Maria

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

O mês de março começa com um pedido de apoio e compaixão com o próximo. Após os recentes temporais, que resultaram em mais de 140 casas destelhadas e 75 árvores caídas em Santa Maria, a Central da Solidariedade conta com a comunidade santa-mariense para arrecadar o máximo de doações de materiais de limpeza, produtos de higiene pessoal, roupas de casa e colchões, com a finalidade de ajudar as famílias atingidas a recomeçar.

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BAIXA ADESÃO

No segundo dia de campanha, a movimentação era pouca no principal ponto de coleta: o Centro Desportivo Municipal (CDM). No local, era possível visualizar em torno de três sacolas de roupas e um colchão. Apesar da baixa adesão, o assessor de gabinete da Secretaria de Desenvolvimento Social de Santa Maria, Rodrigo Capeleto acredita que a população santa-mariense ainda irá contribuir nos próximos dias:

- Sabemos que podemos contar com a comunidade, principalmente, nessas situações em que envolvem solidariedade. As pessoas sempre se mobilizam de forma positiva. Então, temos certeza que vamos conseguir dar conforto as famílias atingidas. 

Enquanto Rodrigo falava, a aposentada Angela Maria Vieira, 62 anos, chegou no ginásio com uma sacola grande de roupas. Ela, que é moradora do Bairro Tomazzetti, relata ter visto a iniciativa na televisão, abrindo quase que imediatamente o guarda-roupa para ver o que poderia ser doado. Além disso, ela fez questão de mobilizar a filha e mais amigos para fazerem o mesmo.

- Graças a Deus, nós não fomos atingidos. Mas, tem muitas famílias que estão passando necessidades e é triste de ver o que aconteceu. Claro que não se consegue ajudar tudo mundo, mas o pouco que se ajuda, se todos ajudarem, vai mudar a situação que eles estão passando agora - argumenta Angela. 

COMO AJUDAR

A campanha da Central da Solidariedade segue até esta sexta-feira. Nos próximos dias, uma equipe estará presente no Ginásio B, da CDM, das 8h às 12h e das 13h30min às 18h para receber as doações. Serão aceitos materiais de limpeza, roupas de casa e colchões, além de produtos de higiene pessoal, que é a demanda mais urgente neste momento. Para mais informações, entre em contato pelo WhatsApp no (55) 97400-6490.

PARA DOAR

• Centro Desportivo Municipal (CDM)
• Endereço: Ginásio B, na Rua Appel, 798, Bairro Nossa Senhora de Fátima
• Entregas: Materiais de limpeza, produtos de higiene pessoal, roupas, roupas de cama e colchões
• Contato: (55) 97400-6490 (WhatsApp)

Horários:

• Quinta-feira (dia 3) e sexta-feira (dia 4): das 8h às 12h e das 13h30min às 18h

ENERGIA ELÉTRICA 
Depois de 30 mil pessoas na cidade chegar a ficar sem energia elétrica, ainda no final da tarde de domingo, praticamente todas as residências tiveram o serviço restabelecido até ontem. Por volta de 10h de quarta-feira, a luz voltou nas últimas casas que ainda estavam no escuro, todas na Região Oeste.

Moradores da Vila Canaã, no Bairro Tancredo Neves, passaram três dias sem luz. Para o servente de obras, Marco Antonio Charão dos Santos, 56, que vivem com 8 pessoas em uma casa na Rua A, a situação foi assustadora:

- Sobrevivemos a base de luz de vela, escuridão e mosquito na volta. Isso até vir a luz, porque só tínhamos velas. Ficamos três dias sem luz e colocando as comidas da geladeira em um isopor com gelo. Foi só isso que fizemos. E eles ligaram às 2h da manhã.

Como o temporal provocou queda de muitas árvores na cidade - cerca de 75 - muitas delas acabaram caindo sobre fiações. O vento, que chegou a 118km/h no domingo, também danificou postes de energia elétrica. Gradualmente e com diferentes equipes de trabalho na rua, RGE conseguiu retomar o serviço.