Na semana que marca o início da construção do Memorial, familiares das vítimas da Kiss vão pedir por justiça na Comissão Interamericana de Direitos Humanos da Organização dos Estados Americanos (OEA). A audiência internacional também terá a presença de representantes de outras cinco tragédias brasileiras. O objetivo é pautar a urgência na punição, indenização e justiça para os casos.
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O encontro está marcado para esta sexta-feira (12), às 15h. Além de familiares das vítimas da Kiss, a comissão também vai receber reivindicações a respeito de episódios como os rompimentos de barragens em Mariana (2015) e em Brumadinho (2019), o afundamento do solo em Maceió (2018) e o incêndio no alojamento do Ninho do Urubu, no Rio de Janeiro (2019). Conforme a advogada e representante das vítimas da Kiss, Tâmara Biolo Soares, a união das reivindicações tem o objetivo de confrontar o Estado em âmbito internacional e cobrar providências:
– Serão cinco associações representadas nessa audiência. É uma oportunidade de levar ao conhecimento da comissão essas violações sistemáticas de direitos humanos causadas por empresas com a conivência do poder público no Brasil. Essas violações se repetem justamente porque o Estado brasileiro não fiscaliza quando as atividades estão acontecendo com irregularidades. E depois, o sistema falta em dar a devida resposta à Judiciário.
Conforme a advogada, a partir do conhecimento da OEA, a expectativa é que seja dada uma maior atenção para esses casos, especialmente no âmbito da Justiça:
– Queremos que a comissão diga para o Estado que ele precisa cumprir as suas obrigações. E esse cumprimento significa responsabilizar aqueles que contribuíram para que todos os crimes acontecessem, indenizar as famílias que têm direito e ainda não foram indenizadas, como o caso da Kiss.
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