Passos firmes e convictos sob o tapete vermelho, preparado com exclusividade para receber as dez mulheres que impactam na ciência e no desenvolvimento de Santa Maria e região e que foram reconhecidas pela cidade universitária no 1º Prêmio Ana Primavesi. A solenidade iniciou às 19h desta quarta-feira (31), no Theatro Treze de Maio, mas mesmo antes do evento começar, sorrisos, felicitações, orgulho e muita emoção já eram percebidos por quem chegava para a homenagem.
Já na abertura da cerimônia que foi ao som do grupo Mulheres da Música, criado especificamente para a premiação, foi possível sentir que a emoção tomaria conta da noite.
Na iniciativa inédita, as mulheres cientistas que protagonizam transformações, mudam realidades e fazem a diferença para a comunidade foram indicadas pelos centros de ensino e administrações da a universidade Federal de Santa Maria (UFSM) e Universidade Franciscana (UFN) e dez delas, eleitas por um grupo composto por 14 jornalistas que são referência em Santa Maria. Na etapa seguinte, 17 mulheres apoiadores referendaram as escolhas.
A idealizadora do Prêmio Ana Primavesi, a jornalista Fabiana Sparremberger, deu as boas-vindas aos presentes e contou como nasceu a iniciativa e o significado da proposta.
– Muito feliz e grata, que quatro meses após uma fala em um evento na UFSM alusivo ao dia da Mulher, que me despertou para a necessidade de a cidade universitária reconhecer as mulheres da ciência. [...] Se algumas eram ainda pouco conhecidas da maioria do grande público, hoje, todas são mulheres reconhecidas por suas contribuições e que muito orgulham a nossa comunidade por transformarem tantas vidas e realidades – destaca Fabiana que também é a diretora de Jornalismo do Grupo Diário, promotor do Prêmio.
A jornalista Kellen Caldas, cerimonialista do evento contou um pouco sobre a história da madrinha que dá nome a premiação: Ana Primavesi, é referência mundial em agroecologia e pioneira no assunto no Brasil. Teve uma vida dedicada à agricultura sustentável e inclusiva que está sendo eternizada através do 1º Prêmio Ana Primavesi.
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Antes de iniciar a entrega às homenageadas, duas mulheres que apoiaram com muita dedicação o Prêmio subiram ao palco: Martha Adaime e Iraní Rupolo.
Martha Adaime, vice-reitora da UFSM, trouxe dados sobre as mulheres na ciência do Brasil, justificando a importância da premiação. Segundo ela, do ano de 2016 até agora, conforme as plataformas da Capes e CNPQ, o percentual de pesquisadores homens se mantém em 70% e de mulheres, 30%, sendo que fazendo mestrado e doutorado, há 58% de mulheres, e que por tanto a conta não fecha.
– Iniciativas como esta da Fabiana e do Grupo Diário, a quem eu agradeço imensamente, servirão para inspirar. Servirão para que a gente consiga dar luz a essas maravilhosas pesquisadoras que merecem todo o reconhecimento.
A reitora da Universidade Franciscana (UFN), irmã Iraní Rupolo, disse que serão necessárias diversas gerações para recuperar as deficiências e dificuldades culturais e que o Prêmio possa ser um vetor na brevidade dessa reversão:
– Oxalá! a valorização da mulher na ciência e não valorizar por valorizar, mas pelo impacto, pelo significado, pela importância, pela repercussão. Por aquilo que somos. Mulheres na educação, na tecnologia, em quaisquer áreas da ciência. Oxalá! Que esse tempo de mudança cultural se abrevie.
Após as manifestações das duas apoiadoras,começou a apresentação e entrega dos certificados e troféus às premiadas. Cada uma das homenageadas teve sua trajetória contada por uma das 14 jornalistas do grupo de curadoria e por um vídeo transmitido ao fundo. A idealizadora do Prêmio Fabiana Sparremberger realizava a entrega dos troféus e uma das mulheres apoiadoras entregava o certificado.
A primeira a subir ao palco foi Luciane Neves, que teve sua trajetória apresentada pela jornalista Fabiana e foi agraciada pela reitora da UFN, Iraní. A próxima homenageada da noite foi a Nara Martini Bigolin, que teve a história contada pela jornalista Sione Gomes e recebeu o certificado por Ruth Pereyron, diretora do Theatro.
A terceira premiada foi Maria Rita Py Dutra, cuja vivência foi lembrada pela jornalista Arianne Lima e a premiação entregue pela empresária Carina Stefanello. Solange Binoto Fagan foi a homenageada seguinte a pisar no tapete vermelho. A trajetória dela foi colocada pela jornalista Grazi Lopes e o certificado entregue pela vice-reitora da UFSM, Martha.
Encerrando a primeira parte das homenagens, a estudante Marília Kipper teve a história apresentada pela jornalista Letícia Sarturi e recebeu o certificado pelas mãos da Carmem Pacheco, representante da 8ª Coordenadoria Regional de Educação.
O show de intervalo ficou por conta de Tiane Tâmbara e banda, que seguiu a tendência da noite, emocionando os presentes.
As homenagens retornaram com Dirce Stein Backes, que teve o histórico contado pela jornalista Natália Ruviaro e recebeu o certificado da empresária, Paola Beltrami. Kalinca Léia Becker foi a sétima agraciada da noite. Quem trouxe sua trajetória foi a jornalista Maristela Moura e entrega realizada pela advogada Dieniffer Portela.
A próxima a subir ao palco foi a Andrea Schwertner Charão, que teve a vivência contada pela jornalista Carmen Staggemeier Xavier. Ela recebeu o certificado da diretora administrativo do Grupo Diário, Vanessa Rizzi. A penúltima agraciada foi Priscila de Arruda Trindade. Sua trajetória foi colocada pela jornalista Claudiane Veber e a entrega do certificado feita pela delegada da Mulher, Elisabete Shimomura.
Anna Paula Moreira Rovedder foi a décima mulher a receber a homenagem. Ela que está na França indicou as alunas Betina Camargo e Milena Gonçalves para subirem ao palco como suas representantes. A trajetória dela foi contada pela jornalista Kellen Caldas.
Todas as premiadas subiram ao palco juntas para a foto oficial do 1º Prêmio Ana Primavesi e Tiane Tâmbara e banda, com um repertório especial, encerrou a noite de homenagens.
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