Dois parques tecnológicos de Santa Maria, da UFSM e da UFN, tiveram a aprovação de um total de R$ 14,4 milhões em verbas do Ministério da Ciência e Tecnologia, por meio da Financiadora de Estudos e Projetos (Finep). Com isso, Santa Maria foi a única cidade do país a ter dois projetos aprovados e passará a contar com três parques tecnológicos. Na UFSM, os R$ 10 milhões serão usados para construir a um prédio de 1,2 mil metros quadrados para a sede do Parque de Inovação, Ciência e Tecnologia, no espaço que era o Centro de Eventos. Já na Universidade Franciscana, os R$ 4,4 milhões serão aplicados para implantar novos laboratórios. Diversos centros de todo o país concorreram nessa chamada pública da Finep, que tinha como finalidade a seleção de propostas para o apoio financeiro a parques tecnológicos em implantação e em operação.
Na UFSM, que ficou em 1º lugar na disputa, a previsão é que o novo prédio (na foto acima, uma projeção gráfica) fique pronto em 18 meses.
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Enquanto isso, o Parque de Inovação da Federal já está sendo implantado, aproveitando prédios com espaços vagos. Estão sendo feitas tratativas com empresas de grande porte, interessadas em se instalar no parque. Segundo a superintendente do Parque de Inovação, Maria Daniele dos Santos Dutra, a quarta maior empresa do mundo em uma área de tecnologia poderá se instalar no local. O parque deve abrigar outras empresas da cidade, região ou outros locais, além de startups que surgiram nas incubadoras da UFSM e se graduaram. Ou seja, elas teriam de sair de dentro da Federal e corriam o risco de ir para outras cidades.
– O parque é importante para reter esses cérebros e gerar desenvolvimento econômico e social – diz Maria Daniele.
O projeto desenvolvido na UFSM prevê a implantação desse hub de inovação nas verticais (áreas) de bioinsumos, agrotecnologias e foodtechs. Além de melhorias na infraestrutura, o recurso será destinado a contratação de serviços especializados para sustentabilidade do parque.
Segundo Maria Daniele e o diretor da Agittec, Daniel Bernardon, a UFSM tem hoje 45 startups incubadas, que geram 300 empregos, e é possível abrigar mais 10 com a estrutura atual. Com o prédio que será construído, haverá espaço para mais 12 empresas.
Já na UFN, a incubadora tem 20 projetos, além de empresas residentes e uma parceria com a multinacional francesa Atos – empresa que tem 110 mil funcionários em 73 países. Segundo Lissandro Dorneles Dalla Nora, diretor de Inovação da UFN, como a universidade já tem espaços físicos para o parque tecnológico Itec Park UFN, não precisará construir novos prédios. Ele funcionará no prédio 2 da UFN, na Silva Jardim. Os R$ 4,4 milhões serão usados para implantar laboratórios de informática, metrologia, usinagem, prototipagem, entre outros:
– São laboratórios que darão apoio às empresas, para ensaios e certificação de produtos para serem lançados no mercado.
Deni Zolin, [email protected]
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