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Coronavírus: tele-entrega vira principal alternativa para compras

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Renan Mattos (Diário)

Por ser considerado serviço essencial à população, o setor alimentício não foi atingido pelo decreto municipal assinado na última quinta-feira pelo prefeito Jorge Pozzobom (PSDB). Entretanto, com o número de casos de infecção por coronavírus se expandindo de forma exponencial no país e com a orientação das autoridades para que as pessoas fiquem em casa, o número de clientes nos restaurantes caiu significativamente.

Enquanto isso, o serviço de tele-entrega ganha um nicho de mercado em meio à crise enfrentada pela economia em função da pandemia. O Delivery Much, aplicativo criado em Santa Maria de venda de comida online, registrou aumento nas vendas em relação à semana anterior. 

- Está ocorrendo um aumento do número de vendas e também de procura dos restaurantes. Tivemos contatos até de pequenos comerciantes que gostariam de continuar vendendo e entregando seus produtos. Além de farmácias e supermercados - relata Pedro Judachesky, CEO da empresa. 

Em função da diminuição do número de clientes, alguns restaurantes consideram fechar as portas e trabalhar apenas por tele-entrega. É o caso da Pizzaria Santa Mania, que ainda estuda as medidas que irá tomar. 

- É a possibilidade mais concreta. Por tudo que está acontecendo ao redor, a gente vai tentar manter o delivery até pela segurança do cliente. Vamos estudar uma alternativa para que não se entre em contato com nada. Estamos tentando fazer o possível para que isso impacte menos o comércio - afirma o proprietário Henrique Wathier. 

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Quanto ao decreto, o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB) afirma que ele irá ser "permanentemente atualizado e revisado", uma vez que se acompanha a evolução de casos no Estado e uma possível disseminação em Santa Maria. O chefe do Executivo municipal entende que, por isso, pode-se afirmar que "absolutamente tudo" está sendo cogitado.

Ainda que não abra nem adiante o que mais pode vir a ser adotado, Pozzobom assevera que "outras medidas mais enérgicas e drásticas" podem vir a ser colocadas em prática nas próximas semanas:

- Estamos frente a uma situação de completa excepcionalidade. É por isso que absolutamente tudo está sendo colocado na mesa. O que se quer é evitar ao máximo que o coronavírus chegue a Santa Maria. E, em caso de isso acontecer, que é o que não queremos, que não venhamos a ter o pior, que é a perda de vidas - afirma o prefeito.

Enquanto o fechamento do comércio de rua foi decidido pela prefeitura, a suspensão do funcionamento dos shoppings foi decretada pelo Estado, na quinta-feira. Com isso, os quatro centros comerciais da cidade estão com as portas fechadas.  

ÔNIBUS
O decreto publicado na quinta-feira pelo Executivo não mencionava cortes no funcionamento do transporte coletivo. Contudo, na noite de sexta-feira, a prefeitura estipulou regras para o funcionamento dos ônibus em horário reduzido até segunda-feira. Neste sábado, os coletivos circularão apenas entre 6h e 21h. No domingo, das 6h às 9h, das 11h às 14h e das 17h às 21h. Na segunda-feira, das 5h30min às 21h.

 Pelo documento que estabelece o estado de calamidade pública no Estado, fica vedada a circulação de ônibus urbanos que excedam a capacidade máxima de pessoas sentadas.

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BLOQUEIOS
Em pronunciamento no início da noite de sexta-feira, o governador Eduardo Leite (PSDB) anunciou novas medidas. Serão acrescentados 216 novos leitos de UTI na infraestrutura do Estado, o que significa um incremento de cerca de 22% da rede hospitalar pública.

Entre as novas determinações, está a interdição das faixas litorâneas em praias e a proibição da entrada de veículos coletivos de outros países no Estado, a não ser que autorizados. Fica proibido que as prefeituras restrinjam a entrada de pessoas em suas cidades. 

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O que pode abrir em Santa Maria: 

  • Farmácias;
  • Supermercados, indústria alimentícia e congêneres, tais como fruteiras, padarias, restaurantes, bares com alimentação e lancherias,
  • Unidades de saúde, clínicas de atendimento de serviços de saúde, clínicas de vacinas e estabelecimentos hospitalares;
  • Postos de combustíveis e lojas de conveniência, devendo ficar ventiladas;
  • Distribuidoras de água, gás e distribuidoras de energia elétrica e saneamento básico;
  • Clínicas veterinárias em regime de emergência e para venda de rações e medicamentos;
  • Serviços de telecomunicações e de processamento de dados ligados a serviços essenciais;
  • Órgãos de imprensa em geral;
  • Serviços de coleta de lixo e limpeza;
  • Serviços de segurança privada;
  • Transporte através de fretamento privado para viabilizar o funcionamento dos serviços considerados essenciais, e serviços de táxis;
  • Serviços de infraestrutura;
  • Estação rodoviária, aeroporto, hotéis e pousadas, desde que respeitada a circulação e atendimento às questões de saúde pública;
  • Lavanderias e serviços de higienização;
  • Serviços de tele-entrega;
  • Serviços laboratoriais;
  • Serviços bancários, assim consideradas agências, postos bancários e agências lotérica

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