comércio

Confira o que as lideranças locais pensam sobre abertura do comércio em Santa Maria

A partir deste sábado, o comércio e outros serviços que não são considerados essenciais podem abrir em Santa Maria. De acordo com o mais recente decreto municipal, uma série de regras precisam ser cumpridas entre proprietários e colaboradores e também clientes dos estabelecimentos na cidade. O uso de máscaras para ingressar nos locais passa a ser obrigatório, assim como aplicar álcool gel nas mãos.  

O Diário conversou com lideranças, que representam diferentes segmentos na cidade, para ouvir a opinião deles, confira abaixo. Para saber as regras, clique aqui. 

Eduardo Stangherlin , Presidente do Sindigêneros 

  • Achei a atualização do decreto municipal de reabertura do comércio muito positiva. Primeiramente, para o nosso setor, espichar os horários até as 21h já ajuda bastante. É uma forma prática de causar menos aglomeração com mais tempo de funcionamento. Outro ponto positivo é que cada setor tendo um horário diferente para funcionar, ajuda a não aglomerar pessoas nos ônibus. O restante do comércio funcionando também ajuda o nosso setor. A gente apoia a abertura do comércio porque isso fomenta a economia no geral. Claro que tomando todos os cuidados que todos já sabemos né? Nos mercados a gente já aplicou os cuidados, então vai funcionar para outros setores. Isso é um ganho para todos. O que eu vejo como uma dificuldade é a obrigatoriedade do uso de máscaras. Os funcionários de supermercados já utilizam, mas o problema maior vai ser o consumidor cumprir e usar a máscara corretamente. Acho que a exigência do uso da máscara deveria ter sido com um tempo maior para o consumidor se organizar. Exigir isso de um dia para o outro, pode ser que complique um pouco. Será que vai dar tempo de todos comprarem máscara? E será que tem tantas máscaras disponíveis? Ou então se dá tempo do cliente providenciar uma máscara caseira tão rápido. Para os supermercados, fica bem chato impedir o cliente de entrar sem máscara, pois teremos que barrar este cliente e isto pode causar um desconforto.

Ewerton Falk , Secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Inovação 

  • Protocolos assim, diminuem os riscos. Decreto não anula estágio viral, mas administra e minimiza os impactos dele na comunidade. A gente não pode entrar em paranoia. O uso da máscara é para quando não podemos manter o distanciamento desejável, por exemplo. A maior geradora de empresa e tributação é o setor de serviços, como imobiliárias, agências de turismo, chaveiro, sapatarias. Nós sabíamos que uma hora teríamos que voltar, então temos que voltar com segurança. As escolhas foram feitas com bom senso. Hoje temos uma estrutura de saúde para atender casos graves. Sabemos que haverá contágio de qualquer forma, mas foi necessário esse tempo de distanciamento social para minimizar os contágios. Por isso essa retomada gradual é importante. Ressalto que cada um, individualmente, deve ter comportamento ideal frente a essas medidas, já para não precisarmos voltar às medidas iniciais. Esse decreto mostra que todos os setores foram ouvidos e compreendidos. Os horários foram pensados também em função do transporte coletivo, para não causar aglomeração. O resultado desta crise pode e vai ser positivo, se o coletivo for ativado. Nós teremos um novo "normal" daqui pra frente. As relações vão se reconfigurar e mais do que nunca, as empresas terão que conquistar seus clientes com criatividade e inovação. Mas nunca sem deixarmos de pensar no coletivo, no lado humano. Esse regramento vai nos ensinar muito sobre tolerância com o próximo e sobre conviver com decisões que estão acima da nossa vontade pessoal, pelo bem comum. O que peço neste momento é o comprometimento da sociedade.

Rogério Reis, Presidente do Sindicato dos Comerciários

  • O trabalhador, do comércio principalmente, deveria voltar após uma deliberação de um médico dizendo que eles poderiam voltar ao trabalho. Mas com certeza o prefeito está amparado por médicos - pela ciência - para emitir o decreto. Agora, nós vamos fiscalizar para que cada cliente que entrar nas lojas estejam usando máscaras. E também vamos fiscalizar a proteção dos trabalhadores. Nós vamos analisar o fluxo de pessoas dentro das lojas e vamos ver o que vai acontecer

Marli Rigo, Presidente da Câmara de Dirigentes Logistas (CDL)

  • Eu estou otimista. Acho que o que está no decreto é o que a gente realmente precisa tomar de cuidado. A gente tem que ter a consciência que agora no início não teremos o movimento que a gente imagina, então iremos acostumar gradativamente. Tudo vai ser uma mudança. E toda mudança, as vezes, ela gera desconforto, mas nós temos que nos adaptar. No momento em que tivemos o apoio de médicos infectologistas e nos deram a liberdade em abrir, significa que existe segurança para a população circular. Se não, nós jamais abriríamos

Luiz Fernando Pacheco, Presidente Cacism

  • Eu acho que essas normas e medidas de cuidados e segurança, são contrapartidas, que o setor empresarial podem dar como contribuição para a gente controlar essa pandemia e reverter essa questão do fechamento. Eu acho que o pior cenário possível é as empresas fechadas, que acaba gerando um problema social econômico muito grande. Para ter proporcionado essa reabertura eu acho que são cuidados válidos e que podem ser executados

Marta Zanella, Secretária de Cultura, Esportes e Lazer de Santa Maria

  • Existe um comprometimento muito grande neste momento. Um pacto pela vida. O mundo inteiro está fazendo esse pacto. E eu vejo que nós temos uma responsabilidade muito grande neste momento. Isso tudo é uma novidade. Esse vírus é um inimigo invisível muito poderoso, que nós ainda não sabemos a dimensão dos prejuízos que ele pode causar na sociedade. A gente já viu o que está acontecendo fora do Brasil, mas ainda não sabemos como ele vai se comportar aqui no país daqui para frente com o inverno. Então, a responsabilidade é muito grande. Sou totalmente a favor do isolamento social. Não poderia ser diferente, pois sou bióloga. Acredito na equipe técnica, temos que escutar os técnicos. Isso tudo tem impacto, com certeza, mas, o maior impacto é perder uma vida, perder um amigo, perder um colega, perder um artista, perder um músico. Sabemos que os artistas, de todos os segmentos da cultura, são muito importantes numa sociedade, porque eles trazem alegria, trazem lazer. Eles despertam sentimentos e sensibilidade. E me entristece muito que seja uma classe que está sofrendo, pois são os primeiros a ser atingidos, pois não podem fazer shows, não podem fazer reuniões, juntar pessoas. E eles trabalham para as pessoas. Eu sei que está difícil e vai ficar ainda mais. Mas, nós, enquanto Secretaria de Cultura, estamos buscando aporte, uma forma de ajudar, de promover trabalho, buscando um edital para ajudar os nossos guerreiros da cultura. Em primeiro lugar, a saúde. Mas, estamos vendo que, mesmo com toda essa dificuldade, os artistas estão contribuindo com sua arte por meio de lives, de shows virtuais, para alegrar os corações dos santa-marienses. Não estamos de olhos fechados para o que está acontecendo. Estamos buscando uma forma de ajudar legalmente. E continuamos acreditando que o isolamento social é a saída. Esse decreto não muda muito para os artistas, mas estamos buscando uma solução. Santa Maria se preocupa, sim, com os santa-marienses. Temos governantes que se preocupam, e a Secretaria de Cultura também se preocupa.

Guilherme Ribas, Secretário de Saúde de Santa Maria

  • O decreto vem ao encontro do trabalho que sempre realizamos, que é de parceria e em conjunto com todos os setores do Município. As medidas de higiene estão rígidas, e o uso da máscara reforça o pedido de proteção para si e para as pessoas ao seu redor. São ações de bloqueio do vírus muito satisfatórias para a reabertura dos setores e para a preservação das vidas

Ademir José da Costa, Presidente do Sindilojas

  • Para nós, não teve nenhuma surpresa no decreto, a não ser dois itens que foram alterados. De resto, a gente já tinha enviado, no dia 18, sugestões para a prefeitura. No dia 30, enviamos mais. Sugerimos a abertura do comércio de rua das 9h às 18h e eles alteraram. Outra surpresa nossa também foi a proibição de provadores. No mais, não existe nenhuma novidade, já estava tudo desenhado pelas entidades. Até o uso de máscara já tínhamos colocado em nossa sugestão e a questão do distanciamento também. Estamos prontos para contribuirmos, protegendo o trabalhador e o consumidor. Acredito que vamos ter sucesso ao não necessitarmos de, de repente, fazermos uma parada novamente. Inclusive, eu acho que, retornando à normalidade, também os supermercados irão desafogar. Muita gente, na ausência das lojas, está comprado bazar, cama mesa e banho, decoração, entre outros itens nesses locais. As lojas estando abertas, existem mais opções

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Projeto do Husm possibilita reutilizar máscaras usadas por profissionais da saúde

Próximo

Veja as regras para o comércio e outros serviços abrirem em Santa Maria

Geral