Como gerenciar a vida com excelência?

O que é gerenciar a vida com excelência para você? O que caracteriza um bom líder? Esse é o tema do Faz Sentido, que foi ao ar em 12 de fevereiro. A apresentadora e jornalista Fabiana Sparremberger convidou o psicólogo organizacional Luis Balbi para conversar a respeito do assunto.

Não é só cargo

A quem você segue? Qual o perfil das pessoas que influenciam outras? Conforme a apresentadora Fabiana, que atua em cargos de gestão há mais de 25 anos, cada situação vai demandar uma liderança com características específicas.– Está tudo relacionado. Em algumas situações, irão se sobrepor certas lideranças: quem foca nas soluções ou quem gerencia os desafios, por exemplo. Em outros momentos, vai ficar evidente o valor daquele líder que valoriza as pessoas e que sempre está junto com elas para enfrentar os problemas – explica Balbi.

Para complementar, o psicólogo relata que um bom líder é quem influencia e tem relevância para determinado grupo de pessoas. É difícil se espelhar em alguém que só traz problemas e não os resolve:– Quem vai querer seguir alguém que fala muito sobre como agir, mas, na hora dos desafios, não faz nada? Outro ponto é que você não precisa estar em cargo de chefia para ser líder. Você só se prepara para a corrida quando é dada a largada? Não! Então, não podemos ligar liderança com quem tem cargo de poder.

Treino e treino

Segundo Balbi, gerenciar a vida com excelência não tem o mesmo significado, pode variar de pessoa para pessoa.– Qual resultado você procura? Você pode considerar triunfo ser um bom pai e um bom marido. Então, cada pessoa tem um conceito de gerenciar a vida com excelência. Não é só na parte financeira ou na carreira.

Além disso, no ambiente organizacional, quanto mais a pessoa vivenciar a gestão, ter experiências de liderança e treinar, melhor será sua performance.– É preciso treinar para ser um bom líder. A liderança decide com mais agilidade e assertividade, por exemplo, porque já vivenciou muitas situações que demandaram habilidades específicas. E, claro, porque o líder tem acesso a determinadas informações e dados que as demais pessoas não têm. É tentativa e erro. É treino – explica Fabiana.

Um alerta

De acordo com o psicólogo, há um equívoco muito comum que ocorre quando os pais criam filhos de personalidades diferentes da mesma forma. É como na liderança: algumas pessoas precisam ser cobradas para entregarem os melhores resultados. Outras, “funcionam” melhor quando recebem autonomia para atuar.