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Com falta de operários e equipamentos, operação tapa-buracos anda a passos lentos

Thays Ceretta


Foto: Renan Mattos (Diário)
Enquanto tenta obter empréstimo de R$ 50 milhões para recuperar vias asfaltadas, prefeitura tem única equipe para tapa-buracos

Enquanto os buracos proliferam nas ruas e geram transtornos aos motoristas de Santa Maria, a prefeitura esbarra na falta de estrutura para o trabalho de recuperação emergencial nas vias.

Apenas uma equipe, com oito servidores, duas máquinas e dois caminhões, precisa percorrer as 750 ruas asfaltadas do município para reparos. O Executivo busca um empréstimo no Ministério das Cidades de R$ 50 milhões para a recuperação asfáltica de 64 vias que, juntas, somam 75 quilômetros de asfalto. O empréstimo aguardava a aprovação do Plano Diretor, que ocorreu na semana passada.

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Enquanto o dinheiro não chega, a única equipe da Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos trabalha tapando os buracos das ruas. O titular da pasta, Paulo Roberto de Almeida Rosa reconhece que faltam recursos, equipes e equipamentos para o serviço, e é por isso que é preciso elencar ruas prioritárias.

O Programa de Manutenção Viária, que começou em junho de 2017, vai continuar até o final da atual administração. Ele inclui a operação tapa-buracos, que é paliativa porque há escassez de material.

- Como os asfalto está fadigado e nos últimos 10 anos a frota de veículos quadruplicou, a gente faz a operação tapa-buracos, que ajuda de forma paliativa. É humanamente impossível uma equipe fazer este trabalho, mas se eu tivesse que ter uma segunda equipe, teria que ter outro conjunto de equipamentos semelhante a esse, e, para adquirir, tem um custo elevado - afirma.

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O secretário lembra que o recurso é pequeno para atender toda a demanda.

- Tentamos dar uma continuidade, fazer um trabalho mínimo dentro do que é possível - esclarece Almeida Rosa. 

A ESTRUTURA

  • Usina de asfalto
  • Um caminhão basculante
  • Um caminhão tanque que leva material (concreto betuminoso usinado a quente - massa asfáltica)
  • Máquina vibroacabadora (que acomoda a massa asfáltica no solo)
  • Rolo compactador
  • Veículo de apoio de transporte de pessoal

Santa Maria tem 750 ruas asfaltadas e 300 com pavimento de pedras

A cidade tem 1,5 mil vias públicas, sendo 750 asfaltadas, 300 calçadas com pedra irregular e 450 não pavimentadas. Desde de junho de 2017, 150 ruas asfaltadas foram contempladas com operação tapa-buracos, restabelecimento da trafegabilidade e recuperação técnica. Outras 200 vias não têm pavimento foram atendidas nesse período. Já as ruas calçadas com pedras irregulares não puderam ser atendidas, segundo a prefeitura, devido à inexistência de calceteiros.

Em algumas ruas da cidade o asfalto já ultrapassou quatro décadas e já deveria ter sido trocado. Ainda conforme o secretário, pela quantidade de ruas e avenidas é difícil com o recurso que se tem na prefeitura ter manutenção e sequência nos pavimentos.

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O professor do Departamento de Transportes da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Luciano Pivoto Specht, explica que não existe regra fixa, mas geralmente o asfalto dura em média de 10 a 20 anos. Depois desse período, o indicado é trocar por um novo, só que nem sempre existe recurso para esse serviço:  

- É um problema crônico que vem acontecendo, inclusive o asfalto, aquele líquido preto que se usa para fazer a massa asfáltica, que este ano já subiu mais de 30%. Isso quer dizer que, com o aumento do principal insumo, reduz a capacidade de investimento de qualquer prefeitura.

Specht diz que o tapa-buraco é paliativo. O serviço emergencial é sempre o que vem primeiro, porque é aquele que afeta o dia a dia do usuário e precisa ser feito imediatamente.

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