A grande estrela das eleições proporcionais (com reflexos, não necessariamente decisivos, nas majoritárias), as federações partidárias, além do olhar sestroso das lideranças nacionais, patinam na desinformação e no atraso em nível local.
No macro, a grande verdade é que razões internas dos partidos impediram que um número maior de conglomerados se formasse. Sim, das 32 agremiações com vida legal no país, apenas sete se consorciaram, em três agrupamentos distintos e que deverão conviver, com regimento único, por pelo menos quatro anos. O que significa que estão atados inclusive na eleição municipal de 2024.
No micro, isto é, nas comunas, o que há é uma grande falta de ações, normalmente todos se escudando em decisões que virão de cima, para saber o que e como fazer por aqui.
Para tentar esclarecer o que acontece na paróquia, o escriba fez contato com alguns líderes. A bem da verdade, até o fechamento deste texto, só três responderam ao chamado eletrônico. E é com base no dito por eles que o mosaico (certamente parcial e inconclusivo, até porque os próprios pouco sabem) se forma, para dar ideia ao leitor de a quantas andam as tais federações.
A maior de todas tem o nome de “Brasil da Esperança”, com o apelido oficial de FE Brasil. Reúne o grandão PT, o pequeno PC do B e o minúsculo PV (58 filiados em Santa Maria).
Segundo o presidente petista Sidinei Pereira, e provável dirigente da federação por cá, ele se reuniu com seu igual no PC do B, Alexandre Pahim. E estão buscando contato com gente do PV, para ver como vai ficar. E por enquanto é só. Ah, e são as convenções estaduais, provavelmente conjuntas, que determinarão as candidaturas em outubro. No caso, se nada mudar, os hoje comunistas do B Werner Rempel e Maria Rita Py e os petistas Valdeci Oliveira e Paulo Pimenta.
O escriba também papeou com um dirigente tucano, que prefere falar “em off”. Mas foi possível saber que a prioridade do PSDB, que formalizou nacionalmente uma federação com o Cidadania, parece estar bem longe da nova situação. Preocupação maior é a reorganização interna (inclusive da acomodação “das melancias”) e confirmar o apoio ao candidato à Assembleia, Admar Pozzobom. Já no parceiro tucano, o tema principal (único?) é a vinda, no final do mês, do maior nome do Cidadania no Estado, a deputada Any Ortiz. Quer dizer…
Por fim, a terceira federação formada tem como integrantes Rede e PSol. Para simplificar: o dirigente psolista Alidio da Luz afirmou não ter havido qualquer reunião a respeito em Santa Maria. E aproveitou para falar da plenária que neste sábado reúne, no Café Cristal, a candidata à Assembleia Alice Carvalho, com direito à presença da presidente estadual Luciana Genro. Federação? É preciso convir, se está no horizonte de algum dirigente local este fica beeem distante. E ponto.
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