O grupo existe desde 2004. Surgiu de maneira independente para tentar sanar uma demanda da própria comunidade: os idosos queriam algo para fazer, para se ocupar e se movimentar.
Projeto social reúne cerca de 60 crianças e adolescentes no bairro São José
Hoje, já são quase 90 pessoas, entre adultos e idosos, que participam, de segunda a sexta-feira, de atividades de saúde e lazer no bairro São José, em atividades que existem graças a uma parceria da Unidade de Estratégia de Saúde da Família (ESF) São José com os cursos de Fisioterapia e Educação Física da UFSM.
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O grupo é aberto a todos, mas a faixa etária predominante é a terceira idade. Havia um pedido dos próprios moradores para que eles não ficassem ociosos. Pois quem fica em casa vai adoecendo mais, e só o tratamento medicamentoso não resolve sem uma atividade física aliada explica a agente de saúde Cenira Milbradt.
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Além de exercitar o corpo, os participantes também exercitam a mente. Nas segundas, quartas e sextas-feiras, eles se divertem com a caminhada, pelas manhãs. As terças-feiras são os dias de maior movimento, quando ocorrem as aulas de fisioterapia. E, às quintas-feiras, o encontro é nas aulas de ginástica. Todas as atividades, exceto a caminhada, são realizadas no salão da Igreja São José.
A saúde mental melhora muito, coisa que tomando só remédio não ia adiantar. Eles precisam de alegria, de ter a convivência com outros na comunidade. Muitos deles nem saíam de casa e, agora, têm muitos amigos. Faltava uma atividade durante o dia. Aqui, eles trocam experiências, um vai ajudando o outro afirma Liziane Brondani, uma das agentes de saúde que coordena as atividades.
Muitos deles já são avós e cuidam dos netos para os pais poderem trabalhar. Por isso, é comum ver crianças durante as aulas. Para os avós não ficarem de fora das atividades, elas acabam indo junto.
Quando a gente trabalha com as pessoas em grupo, nós estamos promovendo a socialização e o empoderamento delas, ao mostrar que elas podem cuidar da própria saúde comenta Melissa Medeiros Braz, professora de Fisioterapia da UFSM.
Rosa Eli Cardoso, 56 anos, não é a mais velha do grupo, mas é a mais antiga. Ela começou a participar das atividades ainda em 2004, quando uma sobrinha iniciou as aulas com um pequeno grupo.
Vim para incentivar e fazer companhia. Acabei gostando e continuo até hoje. Faço salgados para vender, então, nem sempre consigo vir, mas tento pelo menos duas ou três vezes na semana. Se eu passo uns dias sem praticar exercício, o corpo já sente falta relata dona Rosa.
Unidade de Estratégia de Saúde da Família São José
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