data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Cappa/UFSM divulgação
Mesmo com fósseis datados do período Triássico, com cerca de 250 milhões de anos, a rota paleontológica da Quarta Colônia, na região Central do Estado, ainda não possui espaço adequado para exposição dos fósseis ao público, ou até mesmo profissionais exclusivamente dedicados a este trabalho educativo-cultural.
Por conta disto, há um projeto para a construção do museu junto à estrutura do Centro de Apoio à Pesquisa Paleontológica da Universidade Federal de Santa Maria (Cappa/UFSM), o único obstáculo para a sua execução é a falta de recursos.
Conforme o paleontólogo Leonardo Kerber, a construção de um espaço adequado irá permitir a exposição com segurança e qualidade de espécimes que hoje não podem ser colocados à disposição do público, como grupos escolares e crianças, bem como o desenvolvimento de outras atividades comuns em grandes museus.
O Cappa foi criado com o objetivo de dar suporte à pesquisa paleontológica da Quarta Colônia, e disponibiliza uma estrutura laboratorial, onde é realizado o trabalho de escavação, preparação, curadoria e investigação dos fósseis. Este centro foi construído junto à sede do Consórcio de Desenvolvimento Sustentável da Quarta Colônia (Condesus), em São João do Polêsine. Em 2010, a estrutura foi doada para a UFSM e três anos depois passou a funcionar efetivamente como um órgão suplementar do Centro de Ciências Naturais e Exatas (CCNE). Hoje, os esforços de coleta e prospecção da equipe têm impulsionado as investigações, e os exemplares estudados são peças-chave para a investigação de diversos eventos a nível global, como a origem dos dinossauros, pterossauros e mamíferos.
MOBILIZAÇÃO
No dia 22 de março, o grupo constituído por representantes da UFSM, do Condesus e prefeitos da região apresentou o projeto do Museu de Paleontologia para o Ministério do Turismo. Além do espaço para exposição do acervo, o projeto arquitetônico contempla espaços como auditório, loja, ambiente para projeção à noite, lancheria e locais de convivência.
Conforme já divulgado pelo Diário, o projeto terá um prédio de 480 metros quadrados para exposição de fósseis e réplicas de dinossauros, ao custo de R$ 1,6 milhão, além de um prédio de apoio de 123 metros quadrados e um auditório de 170 metros quadrados. O custo total dos três edifícios está orçado em R$ 2,6 milhões.
Não há previsão de quando as obras serão iniciadas, mas a equipe trabalha na captação de verbas através da sensibilização do poder público.
VISITE O CAPPA
O Cappa recebe visitas de segunda a sexta-feira, mediante agendamento, que deve ser feito através do telefone (55) 99974-1090.