Autismo e a visibilidade das vidas atípicas

Qual o mínimo de exercícios que devemos fazer? Na coluna anterior por um problema de edição não abordei de modo completo um tópico que interessa a todos nós. Qual o mínimo de exercícios que devemos fazer e ainda assim ter uma melhora de saúde?

A recomendação médica atual é para que as pessoas dediquem quase duas horas e meia (150 minutos) a exercícios de intensidade moderada por semana. Mas cerca de um quarto da população não consegue se exercitar nem por meia hora. Nem todos conseguem encaixar nem mesmo esse tempo em suas agendas. Será que existe alternativa?

O bom é melhor que ótimo

Um estudo com quase 80 mil pessoas publicado na revista JAMA Internal Medicine mostrou que caminhar um pouco mais a cada dia reduz o risco de câncer, doenças cardiovasculares e morte precoce. Esse padrão continua até que você atinja cerca de 10 mil passos por dia. Passos mais rápidos valem mais do que os lentos.

Outro estudo publicado na Nature Medicine analisou 25 mil pessoas que não “se exercitam” formalmente, mas realizam pequenas tarefas cotidianas que exigem algum esforço físico. Algo corriqueiro como correr para pegar um ônibus, usar o aspirador de pó, brincar com crianças ou cachorros, carregar compras pesadas ou subir escadas. A pesquisa mostrou que algo como três e quatro minutos de curtas atividades vigorosas ao longo do dia traz enormes benefícios à saúde.

Portanto, sempre é hora de começar, deixar o carro mais longe, evitar elevadores e preferir as escadas e brincar com crianças nas ruas. Faz bem para eles e para nós.

Autismo e a visibilidade das vidas atípicas

No último dia 2 de abril foi comemorado o Dia Mundial do Autismo. Celebrado anualmente nessa data, foi criado pela Organização das Nações Unidas em 18 de dezembro de 2007 para a conscientização sobre a condição.

Você seguramente já escutou algum relato ou conhece alguém que tem um familiar com Transtorno do Espectro Autista (TEA). E de fato, nos últimos anos, os diagnósticos de autismo cresceram no Brasil e no mundo.

Número crescente e melhor diagnóstico

Segundo estudo do CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos EUA, 1 em 36 (2,8%) crianças de até oito anos nos EUA têm diagnóstico de TEA. A taxa estava em 1 em 44 (2,3%) em 2019 e era de cerca de 1 em 150 crianças (0,7%) em 2007.A proporção varia também em cada estado, chegando a 1 em 22 (4,5%) crianças na Califórnia, o que pode estar relacionado à maior conscientização e aos tipos de testes disponíveis localmente. Não há dados nacionais de incidência de autismo no Brasil, mas estimativas da OPAS, braço pan-americano da OMS (Organização Mundial da Saúde), apontam uma média de 1 em 160 crianças (0,6%).

Mas o que é o transtorno do espectro autista (TEA)?

O autismo não é um diagnóstico único. Trata-se de um conjunto de condições que afetam o desenvolvimento, com três características que podem aparecer em diferentes proporções: alterações na fala, dificuldade de socialização e comportamento repetitivo e estereotipado.

Embora as primeiras manifestações podem aparecer na infância, existem também casos de diagnósticos só confirmados na vida adulta. A magnitude dessa condição pode variar de acordo com o nível de comprometimento no desenvolvimento, dos mais leves aos mais graves.

O mais comum é os sintomas aparecerem até os 3 anos de vida, com especial atenção durante os primeiros meses de vida. Aqui estão seis sinais que podem ajudar a identificar possíveis casos em crianças:

Falta de contato visual;

Dificuldade de interagir socialmente;

Comportamentos repetitivos e estereotipados (por exemplo, balançar o corpo para frente e para trás repetidamente);

Comportamentos de organizar objetos por cor ou por ordem sem motivo aparente;

Dificuldade de compreender os eventos em sua volta;

Dificuldade em responder quando chamados.

Mas lembre, esses sinais podem ser indícios, mas não são conclusivos. O diagnóstico definitivo é dado com a combinação da análise clínica por um especialista junto com exames genéticos específicos. Especialistas hoje acreditam que o transtorno autista tem causas genéticas e por essa razão, não existe uma cura para a condição. Na próxima coluna comento sobre os avanços.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Dia Mundial da Criatividade tem início nesta quinta na UFSM; saiba como participar Anterior

Dia Mundial da Criatividade tem início nesta quinta na UFSM; saiba como participar

Próximo

Exército é apartidário, diz chefe

Geral