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Apesar de obras, BR-158 segue com problemas na pista

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário) 

Aproveitando a valorização do preço da soja, produtores que tinham o produto em estoque se valem do momento para vender o grão e desocupar os silos. No centro do Estado, uma da principais rotas para o escoamento é pela BR-158, que liga a região das missões e o Norte gaúcho até o porto de Rio Grande para exportação. Além disso, a rodovia registra aumento do movimento de caminhões em função do transporte de insumos para a próxima safra. Contudo, quem transita pela BR reclama das condições da pista.

- Isso aqui não tem cabimento. Onde vão parar os nossos impostos? O trecho entre Santa Maria e Júlio de Castilhos está muito ruim. Já vi muito acidente acontecer nesse caminho. O acostamento, em vários lugares, está muito alto. Não permite nenhum erro - reclama o empresário Plínio dos Santos, 58 anos, enquanto parou para abastecer em um posto às margens da rodovia.

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Durante a semana, a equipe do Diário percorreu um trecho de cerca de 80 km entre Santa Maria e o principal acesso a Tupanciretã. No caminho, próximo à entrada de Val de Serra, uma equipe terceirizada realizava uma operação tapa-buracos, que consistia no preenchimento do asfalto em lugares já deteriorados. O trabalho, no entanto, não é bem-visto por parte dos motoristas.

- De que adianta tapar os buracos se vai abrir tudo de novo? A pior parte da 158 é essa aqui. São buracos, trepidação na pista. E a coisa vai piorar ainda mais na safra - projeta o caminhoneiro Junior Freitas, 40 anos.

O acostamento, que é uma das principais reclamações dos motoristas, não estava sendo contemplado pelo serviço de manutenção. Conforme os trabalhadores que realizavam os reparos, a orientação era apenas para tapar os buracos que estavam compreendidos dentro da pista. No trecho entre Júlio de Castilhos e Tupanciretã, o problema fica ainda mais recorrente.

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Acostumado com a difícil situação enfrentada pelos motoristas, o borracheiro Luiz Vinícius dos Santos, 25 anos, trabalha em uma oficina às margens da rodovia. A constatação do profissional não deixa dúvidas sobre a qualidade da pista:

- Absolutamente todos os dias aparece gente com o pneu rasgado. Não falta um.

DNIT
Questionado pela reportagem sobre as condições da rodovia, o Departamento Nacional de infraestrutura de Transportes (Dnit), por meio de nota, afirma que, desde o mês de agosto, está realizando ações para revitalizar o pavimento da rodovia na região. A autarquia salienta que "uma equipe está realizando operação de tapa-buracos entre Santa Maria e Júlio de Castilhos" e que o trabalho acabou na última terça-feira.

Ainda na nota, o órgão afirma que "entre os municípios de Cruz Alta e Júlio de Castilhos não há problemas no pavimento da rodovia e que tão logo surge um buraco a equipe de conservação responsável pelo trecho realiza o reparo".

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O governo federal faz estudos, junto ao BNDES, para conceder a BR-158, de Carazinho a Santa Maria, e a BR-392, de Santa Maria a Caçapava do Sul, à iniciativa privada, para instalação de pedágios. A estimativa é que o leilão ocorra em 2021 e que, em 2022, a empresa assuma a rodovia, para fazer recuperação e iniciar a cobrança.

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