Racistas não passarão! 

Alunos que foram alvo de racismo na UFSM pedem apoio à moção de repúdio

Gabriela Perufo

Mais de um mês depois de a sala do Diretório Livre do Direito (DLD) da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM) receber inscrições com teor racista, os estudantes se mobilizam, mais uma vez, na luta contra o racismo. 

Nesta terça-feira, os dois estudantes do curso de Direito que foram alvos das frases ocuparão a Tribuna Livre - espaço dedicado à comunidade - da sessão plenária da Câmara de Vereadores para falar sobre o tema. 

 Frases racistas são pichadas no diretório do Direito da UFSM 

Antes disso, toda a comunidade é convidada a unir-se à causa. A partir das 13h30min, na frente da antiga Reitoria da UFSM (na Floriano Peixoto, no Centro), vai ter uma concentração que sairá em caminhada até a Câmara. A sessão plenária deve começar às 14h30min. A ideia é reunir o maior número de pessoas possível. Para isso, nas redes sociais, o DLD, o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da UFSM e o Gabinete do Reitor têm publicações anunciando o ato.  Também foi criado um evento no Facebook. 

 Após manifestação na parede do diretório, estudantes da UFSM protestam contra o racismo 

– Desde o que aconteceu (a pichação na parede), nós tentamos marcar eventos para não deixar a discussão morrer. A gente quer que as pessoas que sejam contra o racismo tenham espaço para mostrar isso. Logo depois do episódio, recebemos muitas mensagens, foram muitas manifestações no Facebook, mas a gente quer que as pessoas estejam lá, e, assim, vamos mostrar que Santa Maria não tolera o racismo, não só a UFSM, mas a cidade como um todo – explica Fernanda Rodrigues, uma das estudantes citadas nas frases racistas. 

Ainda nesta terça, no Legislativo, vai a votação uma moção de repúdio ao que aconteceu nas paredes do DLD, proposta pelo vereador Alexandre Vargas (PRB).

Após episódio de racismo, prédio da UFSM ganha 16 câmeras de segurança

– Somos contra qualquer tipo de discriminação e é preciso fazer algo, na Casa do Povo, para tentar conscientizar as pessoas que, no século 21, não pode mais ter racismo – justifica o vereador. 

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