Religião

A fé gerou emoção em Santa Maria

JULIANA GELATTI E MARIANA FONTANA

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A Romaria Estadual de Nossa Senhora Medianeira de Todas as Graças tem o mesmo trajeto e mais ou menos a mesma programação há décadas. Até as leituras da missa campal são as mesmas de sempre. Mas mesmo assim, os fiéis não cansam de refazer os passos na companhia de Maria e, ano após ano, a emoção demonstrada em lágrimas, momentos de reflexão e em expressões de sacrifício continua forte. O "Diário" conversou com pessoas que estavam na 72ª edição da romaria, ontem, e os elencou cinco momentos que são mais marcantes para eles (confira nas próximas páginas).

A confiança em Nossa Senhora levou cerca de 250 mil pessoas ao evento, segundo cálculo da Brigada Militar. Uma motivação extra para a participação de fiéis de todo o Estado foi a presença da imagem de Nossa Senhora Aparecida, vinda do Santuário de Aparecida (SP), que também peregrinou pela cidade.

A certeza de um grande público fez com que, pela primeira vez, o comércio local abrisse em dia de romaria. Segundo o presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas, Everton Falk, 58 lojas ficaram abertas ao longo da tarde. O movimento foi considerado o melhor dentre todas as edições do chamado Projeto Soma.

Entre os visitantes vindos de fora, estava o governador José Ivo Sartori (PMDB), que foi a romaria acompanhado do prefeito de Santa Maria, Cezar Schirmer (PMDB), e do vice-prefeito José Haidar Farret (PP). Os deputados estaduais Jorge Pozzobom (PSDB) e Valdeci Oliveira (PT), e o pré-candidato a prefeito Fabiano Pereira (PSB) também compareceram.

Por que Nossa Senhora é tão amada?

Quem presidiu a missa campal ao fim da procissão foi o bispo auxiliar de Aparecida, dom Darci José Nicioli. Ele ficou admirado com o tamanho da multidão e, dirigindo-se aos políticos presentes, sugeriu que se investisse no turismo religioso como forma de gerar empregos.

Do lado religioso, a presença de um público tão grande deve, na opinião dele, ser vista como uma oportunidade de evangelizar. Durante as orações, dom Darci rezou pelas pessoas atingidas pelas chuvas e enchentes, no Sul, pelos que sofrem com a seca no Nordeste e pelos mineiros da cidade de Mariana, que perderam suas coisas com o estouro de uma barragem.

– Temos de aprender com Maria, também, a resignação. Há problemas, em nossa vida, que só o tempo resolve. E ter paciência é sinal de fé, de confiança – afirmou Dom Darci.

Em 13 anos, número de romeiros quase triplicou

Os romeiros consultados pelo "Diário" também sugeriram algumas melhorias para auxiliar na participação, como mais bancos e locais com sombra no parque; mais sinalização para indicar os serviços; um áudio mais claro ao longo das ruas para que pudessem acompanhar as orações e cantos. Eles elogiaram o evento de forma geral e a presença maior de policiais.

– Há mais de 30 anos eu venho sempre e gosto de tudo. O meu único pedido a Maria é que, enquanto tenha condições físicas e econômicas, possa vir à romaria – diz a dona de casa Dalila Maria Pano, 64 anos.

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