Um mês após o início das chuvas, municípios da Quarta Colônia contabilizam prejuízos

O início das fortes chuvas no Rio Grande do Sul completa um mês nesta quarta-feira (29). Dos 497 municípios gaúchos, 471 foram afetados pela tragédia climática, que foi considerada a pior da história do Estado. Na Quarta Colônia, cidades ainda contabilizam os prejuízos. A maior parte delas sofreu com a perda da produção agrícola e pastoril e teve danos em acessos por estradas municipais e estaduais. 

Em entrevista ao programa Bom Dia Cidade, da Rádio CDN 93.5 FM, representantes das gestões municipais de quatro municípios apresentaram balanços preliminares das perdas. 


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São João do Polêsine

Matione Sônego (MDB), prefeito de São João do Polêsine, relembra que os piores momentos foram do dia 29 de abril a 2 de maio. O município que tem parte da economia voltada à produção rural, teve prejuízos milionários: 

-Temos lavouras que viraram rios, lavouras com buracos enormes e outras com material em cima: rocha, barro. Lavouras próximas a encostas estão totalmente destruídas. 

Pelo menos 24 famílias precisaram deixar suas casas. Nesta semana, 21 estão vivendo em moradias por meio do programa Aluguel Social, que prevê o pagamento de locação de até R$ 750 pelo prazo de seis meses à pessoas que perderam suas residências. Conforme o prefeito, o objetivo é construir 20 casas para a mudança definitiva desses moradores. O município já possui recursos para iniciar a construção de cinco delas.

O município registrou um óbito no dia 1º de maio. A vítima é uma jovem de 15 anos, identificada como Edna Neves Ferreira.

Estimativa de perdas:

  • R$ 5 milhões em produtos agrícolas; 
  • R$ 4,5 milhões em infraestrutura;
  • Seis pontes.

São João do Polêsine está em decreto de calamidade pública. 

Vale VênetoBeto Albert


Pinhal Grande 

O principal problema, apontado pelo prefeito Lucas Michelon (Progressistas), é o fornecimento de água. No município, a prefeitura é a responsável pelo abastecimento e, conforme ele, o sistema sofreu colapso com as enchentes. Comunidades do interior permanecem sem abastecimento e caminhões-pipa levam água diariamente até esses locais. Até o momento, seis famílias são cadastradas em programas sociais para construção de moradias. 

A cidade está em situação de emergência e já recebeu alguns recursos dos governos federal e estadual. Um deles é uma verba no valor de R$ 325 mil    para manutenção de 14 bueiros e galerias. 

O município registrou duas mortes em decorrência de um deslizamento em 29 de abril. 

Estimativa de perdas:

  • R$ 4,5 milhões de perdas em infraestrutura  
  • 800 km de estradas rurais danificadas
Prefeitura de Pinhal Grande (Divulgação)


Ivorá

Em Ivorá, as maiores perdas foram na produção de soja, feijão e milho, bem como, na produção de bovinos, como afirmou o prefeito Saulo Piccini (PT).

Estimativa de perdas:

  • R$ 10 milhões na agricultura e pecuária
  • R$ 8,5 milhões em infraestrutura

A cidade está em situação de emergência.

O vídeo abaixo mostra a força da água no dia 30 de abril, no centro do município. 


Silveira Martins

Sadi Tolfo (MDB), vice-prefeito de Silveira Martins, relembra que nove acessos ao município foram interrompidos durante as chuvas. A falta de tráfego rodoviário prejudicou o trabalho das equipes e o restabelecimento de serviços. A maior parte das famílias atingidas é moradoras do interior do município. Pelo menos oito casas foram completamente destruídas e 26 tiveram algum tipo de dano. Tolfo afirmou que o município está em constante contato com o Ministério das Cidades para encontrar alternativas para construção de moradias. 

Uma pessoa morreu soterrada em 30 de abril.  O município teve decreto reconhecido de situação de emergência.

Estimativa de perdas:

  • R$ 10 milhões na agricultura e pecuária
  • R$ 10 milhões em infraestrutura
Prefeitura de Silveira Martins (Divulgação)


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