Governo federal lança a campanha Junho Violeta; foco serão ações de combate à violência contra idosos

Governo federal lança a campanha Junho Violeta; foco serão ações de combate à violência contra idosos

Foto: Beto Albert

O governo federal lançou neste mês a campanha Junho Violeta, que visa conscientizar e combater o preconceito contra pessoas idosas. A campanha vai ao encontro com o dia 15, data que promove o Dia Mundial de Conscientização da Violência Contra a Pessoa Idosa.

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O etarismo, ou idadismo, atinge uma parcela da população brasileira. De acordo com o Estatuto do Idoso, pessoas com 60 anos ou mais são consideradas idosas, o que significa que 32 milhões de pessoas estão nesta fase da vida no Brasil.


Em 2023, o Disque 100, número para denúncias de violação dos direitos humanos, registrou cerca de 88 mil denúncias de violação dos direitos dos idosos. Em sua grande maioria, as denúncias eram devido a maus-tratos e negligência. Os número ficam em segundo lugar, atrás apenas de denúncias contra a violação do direito das crianças e dos adolescentes, que somaram mais de 140 mil denúncias.


Ao Diário, o secretário nacional dos Direitos da Pessoa Idosa, Alexandre da Silva, falou sobre as ações e sobre a parcela da população que está nessa faixa etária.


 Não é demérito algum envelhecer, visto que essa é uma fase tão comum como qualquer outra. Esse número vem crescendo e a tendência é que cresça mais em algumas décadas. A nossa sociedade precisa compreender que não é mais tão jovem quanto parece e que a longevidade é o sucesso das boas práticas e das políticas públicas – diz o secretário.

A campanha se estende por todo o Brasil. No Rio Grande do Sul, o foco será na ajuda aos idosos atingidos pelas enchentes. Os agentes serão capacitados, por meio de cursos, para colaborar com as pessoas idosas em diversas esferas do dia a dia.


– Essas pessoas irão ajudar em diversas situações, sabemos que em diversos locais está faltando muita coisa. Então, essas pessoas irão auxiliar nas demandas de recuperação de documentos, acesso a senhas de aplicativos, questões de saúde, diversos pontos serão analisados e terão a colaboração dos agentes – diz Silva sobre algumas ações que serão desenvolvidas ao longo do suporte.


O secretário ainda explica que qualquer pessoa poderá se inscrever para se tornar um voluntário, mas alguns pré-requisitos serão solicitados, como ser maior de idade, e caso tenha uma ocupação, que seja de menos de 20 horas semanais. Serão destinadas bolsas a quem for selecionado, o prazo será de 3 a 12 meses. Os valores ainda não foram definidos.


Os profissionais serão capacitados com curso teórico de 40 horas, além de 80 horas práticas. Ao fim do curso, os voluntários serão considerados agentes em direitos humanos.


– A ideia é que esse programa contemple agentes de direitos humanos em todos os municípios que a gente consiga entrar neste momento. Através dessas ações, a gente consegue compreender quantas pessoas idosas estão sofrendo. Pois tem as pessoas que estão desabrigadas e as desalojadas. Então, com esses agentes, conseguiremos compreender melhor o que se passa – aponta o secretário em referência à situação dos idosos que foram afetados pelas chuvas do Rio Grande do Sul.  


Até o momento, cerca de 200 agentes serão destinados ao Estado. O número ainda não é definitivo, pois o prazo fechamento das inscrições não foi divulgado. Para os municípios receberem os agentes, o diálogo inicial é feito entre o governo federal e os institutos federais da cidade ou região.


– Temos a meta de ter pelo menos 30 agentes para cada município. Gostaríamos de ter cerca de 2 mil pessoas para atuar. Os institutos federais vão ofertar a formação e supervisão dos agentes de direitos humanos, consequentemente, os valores serão repassados para a continuidade das ações – diz.

Serão repassados mais de R$ 1 milhão destinados à ação.

  

Durante as ações nos municípios, os intermediários terão papel importante. Os agentes farão a detecção da violação dos direitos do idoso e, após, fazer o direcionamento da demanda para os órgãos competentes.

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