casa das ilusões

20 pessoas foram afastadas de ONG que é investigada por desvio de dinheiro

18.429


data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

Um dia após a Operação Casa das Ilusões, que cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados à ONG Casa Maria, em Camobi, o assistente social da entidade, Thiago Donadel, 40 anos, falou em nome da administradora judicial e fundadora da casa, Leonilda Oliveira, 72 anos  -ambos não são investigados pela Polícia Civil. Ele afirmou que a entidade seguirá aberta e atendendo quem mais precisa de seus serviços. Por meio de doações, a Casa Maria atende cerca de 350 pessoas por mês, que vem a Santa Maria para fazer tratamento contra o câncer e não têm onde ficar. Outros diretores ligados à ONG passaram a ser investigados pela Polícia Civil desde 2019 por suspeita de desvios de parte dos recursos arrecadados. Segundo a Polícia Civil, 20 pessoas, incluindo da direção, foram afastadas na quarta-feira.

Conforme Donadel, pessoas que trabalhavam na instituição foram afastadas judicialmente dos cargos. Entre eles, estão membros da diretoria e uma assistente social, que são suspeitos de estarem envolvidos no suposto crime de estelionato. 

- Ninguém sabia de nada. A nossa administradora judicial está em estado de choque. Fomos pegos de surpresa com tudo isso que está acontecendo - contou o assistente social. 

VÍDEO: após denúncia, PRF apreende caminhonete com 28 mil maços de cigarros

Com orientação do poder judiciário, Leonilda, que foi nomeada como administradora, assume agora toda a parte financeira da ONG, função que anteriormente era desempenhada por um dos gestores investigados. 

De acordo com Thiago Donadel, os atendimentos da Casa Maria ocorrem normalmente. O escritório da instituição, onde também funciona o telemarketing, estará fechado temporariamente até a próxima segunda-feira.

- Um advogado, juntamente com o escritório de contabilidade, irão reorganizar todas as atividades da casa com a Leonilda para que tudo seja feito da forma mais clara e lícita possível - explicou Donadel.

Adolescente é apreendido e jovem preso por porte ilegal de arma de fogo

Referente a prejuízos causados à casa pelo suposto desvio, o assistente social relatou que nunca faltou nada no local, um dos motivos pelos quais a ação não tenha sido descoberta anteriormente. 

- A casa está e sempre estará aberta para toda a população. As pessoas afastadas acharam que eram donos da instituição, mas nunca foram. A Casa Maria é de todos - contou. 

A queda de doações também é uma preocupação da fundadora da casa, que foi criada há seis anos e que se mantém através dos donativos. Conforme Donadel, campanhas mais claras e da forma mais aberta possível começaram a ser pensadas para que as pessoas que precisam do local não sejam prejudicadas com todos os últimos acontecimentos.

O portal Bei segue tentando falar com os diretores afastados, mas eles não atenderam às ligações.

Em contato com a reportagem, o advogado Raphael Urbanetto Peres, que defende duas pessoas que foram afastadas, diz que nem todos estão envolvidos com as ações que desencadearam as investigações. Ele falou, por escrito, que : 

"A gestão financeira e a execução das atividades da Casa Maria ocorriam em locais distintos, não havendo qualquer gerência por parte dos Assistentes Sociais, funcionários da ONG, em relação a valores ou gestão financeira. Ademais, destaca-se que nunca houve qualquer situação de mal atendimento ou descaso em relação aos pacientes que fizeram o bom uso da Casa Maria desde a sua criação. Por fim, reitera-se que no curso da investigação restarão provadas a não participação dos clientes no suposto esquema criminoso". 

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Rua Riachuelo segue com bloqueio nesta sexta-feira

Mais de 70 oportunidades de empregos na região Próximo

Mais de 70 oportunidades de empregos na região

Geral