Saúde

10 alimentos que possuem substâncias estranhas permitidas pela Anvisa 

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Na última semana, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a distribuição e venda de lotes de molhos e extratos de tomate com pelos de roedores acima do limite permitido de cinco marcas. Mas o que gerou repercussão não foi o fato em si, mas a existência de um limite para que esses e outros produtos industrializados contenham resíduos como fragmentos de insetos (exceto baratas, formigas e moscas), fungos, areia e até cinzas insolúveis em ácido.

Pelos de roedor, insetos e fungos: veja o que é permitido em alimentos que você consome 

A tolerância é permitida por uma resolução da Anvisa, publicada em março de 2014, que define limites para matérias estranhas em alimentos e bebidas. Trata-se de qualquer material que não faça parte da composição do alimento e que possa estar associada a condições inadequadas de produção, manipulação, armazenamento ou distribuição. 

Anvisa proíbe a venda de lotes de 5 marcas de extrato de tomate com pelos de roedor acima do limite

Segundo a resolução, todas as quantidades estabelecidas se referem a fragmentos microscópicos, que podem estar presentes no processo de produção do alimento, mas que não podem ser totalmente eliminados, mesmo com a adoção das boas práticas higiênico-sanitárias. 

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>> Para acessar a listagem completa dos que é permitido pela Anvisa e dos limites de tolerância estabelecidos, clique aqui. 

Contaminação e riscos

Conforme a chefe do Departamento de Tecnologia e Ciência dos Alimentos da Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Neila Richards, a presença dessas substâncias não oferece risco à saúde, desde que a quantidade esteja dentro dos padrões estabelecidos pela legislação. Ela diz que, normalmente, elas se juntam aos alimentos durante o processamento industrial. Mas, em alguns casos, como o do molho de tomate e o da canela em pó, os fragmentos podem vir com a própria matéria-prima:

– Às vezes, entra um mosquito nas máquinas e elas são trituradas junto com o alimento. Mas, parte-se do princípio de que esse produto não vai ser consumido cru. Os riscos são eliminados no processo cozimento. As maiores contaminações estão sempre em casa, com o mau uso do alimento ou o ingrediente. O risco para a saúde é mínimo.

Para a mestre em Nutrição e Alimentos e professora dos cursos de Nutrição e Gastronomia da Unisinos Angelica Weber Menzel, em entrevista à repórter 

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