'Estão usando a bandeira do racismo com interesse político', diz reitor

Depois da publicação de uma nota, em que a instituição declarou repudiar qualquer tipo de intolerância, especialmente os covardes e criminosos atos de racismo, o reitor Paulo Burmann informou que adotará medidas no âmbito criminal, administrativo e cível, para responsabilização dos responsáveis pelos três ataques racistas ocorridos neste ano na instituição. A informação se deu por meio de outra nota, que foi publicada no domingo. O texto traz 10 itens.

Desde a sexta=feira, a reitoria segue ocupada por alunos, que protestam contra os atos racistas e têm uma lista de reivindicações.

UFSM abre sindicância para apurar casos de ataques racistas

Burmann afirmou que a última nota buscou responder a cada reivindicação dos alunos. Porém, algumas ainda estão sendo discutidas, como a que pede a supressão da minuta referente ao Código Disciplinar Discente, que sequer tramitou e foi construída junto de representações dos próprios estudantes. O reitor também comentou sobre a reserva de vagas e o ingresso de servidores negros:

– Não estamos conseguindo negociar (com os alunos que ocupam a reitoria). Não sabemos qual a demanda deles, pois o que apresentamos não é suficiente. Querem que descubram que causou o ato racista. Tem coisas que não dependem só da universidade. Outras dependem da liberação de recursos federais, do Ministério da Educação, do Caps. Os concursos públicos, atendem a 20% das vagas para negros, não é a UFSM que define. O que é lamentável e tão triste quanto esses atos racistas, é que, por distinções internas, estão usando a bandeira do racismo com interesse político

"Para um racista, perceber espaços antes intocáveis agora ocupados, causa indignação", diz procurador

Em relação à rotina da Reitoria ao longo deste terça-feira e pelos próximos dias, Burmann disse que aguardará o posicionamento dos estudantes e prezará pelo bom senso.