VÍDEO: UFSM só teria orçamento para funcionar até agosto de 2021, diz reitor

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)

O anúncio do corte de 18,2% no orçamento para 2021 mobilizou reitores de universidades e institutos federais de todo o país. Na Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), caso a Lei Orçamentária Anual (LOA) mantenha esse corte, a redução seria de cerca de R$ 25 milhões. Para tentar reverter esse cenário, a estratégia da UFSM, agora, é interceder junto ao Ministério da Educação (MEC) para que o valor previsto seja revisto sem o corte. Caso o projeto siga para o Congresso Nacional com o percentual de redução, a ação se dará com a bancada gaúcha para que o arrocho não seja tão impactante. Se o corte se confirmar, segundo o reitor, Paulo Burmann, e o pró-reitor de Planejamento, Joeder Campos Soares, a UFSM só conseguiria funcionar até o final do primeiro semestre. Para agosto do ano que vem, já não haveria mais caixa.

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Os impactos do corte seriam sentidos em todas as áreas da UFSM, uma vez que a redução de recursos seria linear. Uma das preocupações para 2021, para quando as aulas voltarem a ocorrer de forma presencial, é a necessidade de se adquirir Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), materiais de limpeza e garantir contratos de higienização mais eficazes contra o coronavírus. Esses valores são somados a todas as despesas já rotineiras da universidade. Caso o cenário seja o de manter o ensino remoto, também há impactos, uma vez que há necessidade de investimentos em inclusão digital, equipamentos e pacote de dados. 

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- Com certeza, esse corte terá impacto em todas as áreas. Não há folga em nenhum setor. O desafio é garantir a assistência estudantil, as pesquisas e projetos em ciência e tecnologia, os serviços terceirizados e uma série de compromissos que a universidade possui - explica Burmann.

O assunto também foi tratado ontem em uma coletiva de imprensa concedida de forma online pela Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais do Ensino Superior (Andifes), na qual Paulo Burmann integra a diretoria.

PRÓXIMOS PASSOS
O MEC tem até 31 de agosto para encaminhar a LOA para o Congresso, onde deve ficar em tramitação até o final deste ano. Ela é votada em dois turnos tanto pelo Senado quanto pela Câmara dos Deputados e, depois, encaminhada para aprovação do presidente Jair Bolsonaro. É no caminho entre as duas casas que as universidades buscam interpelar com os representantes para que os pontos mais importantes do projeto sejam revistos. 

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- A cada ano está ficando mais difícil de fechar o orçamento. Em 2019, já foi difícil. Para 2021, já há uma redução de R$ 34 milhões. É preciso fazer uma redução em um orçamento já reduzido - argumenta Soares.

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