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Na Educação Infantil, internet aproxima alunos e professores

Natália Müller Poll

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Foto: Arquivo pessoal

Um dos maiores desafios com a suspensão das aulas vem sendo enfrentado pelos pais que estão em casa trabalhando e precisam, também, cuidar os filhos. O enfrentamento da pandemia é especialmente agravado para famílias de alunos matriculados na Educação Infantil, com idade até 5 anos.

Sem conteúdo programático para seguir em casa, mães e pais contam com a ajuda dos professores, que são criativos na hora de manter o vínculo com seus alunos, mesmo sem os encontros presenciais.

REFERÊNCIA
Um bom exemplo de envolvimento dos professores da Educação Infantil com seus alunos é a metodologia que está sendo utilizada pelo Sesquinho, escola do Sesc em Santa Maria. 

Segundo a coordenadora pedagógica, Anelise Flores Oliveira, o Sesquinho em Casa é uma maneira de buscar caminhos que sustentem os importantes vínculos da escola com os alunos.

- Acreditamos que a escola das infâncias tem um papel social muito importante. Por isso, procuramos encontrar caminhos que nos possibilitem estar presentes, mesmo que não presencialmente, com vistas em possibilitar ações e relações nestes tempos de distância física - relata.

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Foi pensando nisso que a escola criou um grupo fechado do Sesc Santa Maria no Facebook, chamado de Sesquinho em Casa. Por meio dele, professores interagem com todas as crianças e suas famílias.

- É uma maneira de continuar produzindo sentido aos dias, juntos, em um processo de educação e cuidado, de crianças e adultos. Este grupo, portanto, foi criado para mantermos nossa relação próxima, em aprendizagens coletivas, com as experiências do cotidiano. Também fazemos chamadas por telefone, videochamadas, de maneira que possamos nos ver, nos falar, fortalecer os vínculos e sanar um pouquinho da saudade. Foram maneiras que encontramos para manter contato neste período - explica Anelise.

Entre as atividades sugeridas, a escola incentiva aquelas que, segundo Anelise, investem no conteúdo humano.

- Até porque, em se tratando de Educação Infantil, o "conteúdo" é o próprio cotidiano, as rotinas, as relações, as emoções, os sentimentos, as situações do vivido, que provocam pesquisas com as crianças, a partir do seu olhar, das suas reações, dos seus questionamentos - diz.

A auxiliar de saúde bucal Simone Rocha é mãe de Moniky Vitória Rocha Ruiz, 3 anos, que é aluna do Sesquinho. Ela diz que o período sem aulas presenciais deixou a filha mais agitada.

- Então, com o incentivo das atividades do Sesquinho em Casa, além do contato com as professoras, temos oferecido várias atividades para ela ficar envolvida - conta Simone.

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REDES SOCIAIS
Na Escola Municipal de Educação Infantil Caic Luizinho De Grandi, professoras estão mobilizadas em levar o dia a dia da escola para os alunos e suas famílias. É por meio da página do Facebook que tudo acontece.

A diretora interina, Cláudia Saldanha Madeira, conta que todas as ações pensadas para o período da pandemia têm como foco a criança e o bem estar dela e de sua família.

- Partindo da necessidade de ajudar o outro e, principalmente, nossa comunidade escolar, iniciamos, com o grupo de professoras, uma ação solidária para arrecadar alimentos e materiais de higiene. E assim, paralelamente à ação da prefeitura, conseguimos organizar mais cestas básicas e estender a ajuda para mais pessoas - diz.

Outra ação envolveu o contato das professoras com os alunos.

- Para mantermos contato com as crianças e as famílias, estamos utilizando o Facebook da escola. As atividades trazem muito do cotidiano vivenciado na escola pelas crianças, onde as experiências, a criatividade, a autonomia e as descobertas estão em constante incentivo. Lá, postamos histórias, dicas de cuidado, uso correto de máscaras e também orientações quanto aos cuidados com a higiene - conta a diretora.

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A agente de relacionamento comercial Tatiane Felipetto conta sobre as experiências virtuais do filho de 2 anos e 8 meses, Ricardo Felipetto Morin, que é aluno do Caic.

- Ele tem interagido muito com os vídeos que são postados e sente muita saudade. Então, conversa, relata coisas do dia a dia como se ele tivesse encontrado mesmo a professora. Ele coloca a mochila e faz de conta que está indo para a escola - diz a mãe.

Segundo ela, a escola vem mantendo o vínculo afetivo com as crianças, passando a elas a segurança necessária em tempos tão difíceis. Tatiane também é mãe de Maria Eduarda Felipetto Morin, 11 anos. Estão todos trabalhando e estudando em casa.

- Para nós, pais, está sendo muito legal poder ver um pouco da escola chegando na nossa casa. Tem sido uma experiência interessante - finaliza Tatiane.


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