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VÍDEO: com o avanço da vacinação, setor do turismo começa a reagir

Jaiana Garcia

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (Diário)
Ramires é agente de viagem e precisou tirar dinheiro do bolso para manter a agência em funcionamento no ano passado

Desde que o isolamento social virou uma das recomendações sanitárias, em todo o mundo, para a prevenção contra transmissão do novo coronavírus, o setor de turismo sentiu os impactos da diminuição de viagens e hospedagens. Segundo o IBGE, em 2020, as atividades turísticas tiveram queda de 36,7%. Nos 12 estados pesquisados, o Rio Grande do Sul aparece com um dos maiores percentuais de perdas: -43,3%. A estimativa é que, em todo o país, as prejuízos no turismo ultrapassem R$ 340 bilhões. Com o avanço da vacinação e a retomada da economia, aos poucos, as agências começam a registrar um aumento nas vendas de pacotes turísticos.

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Em uma das agências de turismo de Santa Maria houve uma recuperação de cerca de 40% nos primeiros meses deste ano. Os destinos nacionais são os mais procurados, já que muitos países ainda proíbem a entrada de brasileiros.

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- O ano passado foi complicado para o turismo nacional e, principalmente, internacional. Em março e abril não vendemos nada. O prejuízo não será recuperado. Foi muito difícil manter o ponto aberto, não demitir nenhum funcionário. Precisei colocar muito dinheiro no negócio - conta o agente de turismo, Ricardo Ramires.

O segmento de turismo avançou 127,5% entre maio de 2020 e fevereiro de 2021, mas ainda precisa crescer 39,2% para retornar ao patamar de fevereiro do ano passado, no pré-pandemia, segundo dados do IBGE.

style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Marcelo Oliveira (Especial/Diário)
Luciane planejou durante um ano uma viagem para os EUA. Ela precisou adiar, decidiu cancelar e ainda não tem planos de quando embarca para o sonho em família

A advogada Luciane Caneda, 39 anos, estava com uma viagem marcada para Miami e Orlando, na Disney, com o marido e os filhos, de 17 e 10 anos. A filha mais nova comemoraria o aniversário do jeito que sempre sonhou: nos castelos das princesas. Porém, a família precisou adiar o sonho.

- No início foi uma decepção. Foi um ano planejando a viagem, esperamos muito tempo e de repente o sonho vai por água abaixo. Mas depois entendemos que o que importa mesmo é a nossa saúde. Nosso sonho se tornou pequeno.

Quem precisou cancelar viagens durante a pandemia está seguro com a lei federal que permite que remarcações e emissão de créditos sejam feitos até o fim de 2022. As remarcações e as emissões de crédito deverão ser realizadas sem custo adicional aos clientes. Entretanto, há reajustes nos pacotes, que devem ser pagos pelo turista.

Luciane teve a chance de prorrogar até o fim do ano que vem, mas resolveu resgatar os R$ 20 mil investidos em passagens aéreas, hospedagem, aluguel de carro e ingressos para os parques. Agora, eles esperam a pandemia acabar para começarem a sonhar de novo.

- Queremos nos planejar com calma. A vacinação ainda precisa avançar.

 Apesar das pessoas estarem voltando a viajar, o setor estima que a retomada total da atividade demore até cinco anos.

- Acho que em 2022 a coisa vai começar a andar. Tem muita demanda reprimida. Muita gente querendo viajar depois de um ano e meio sem poder sair. Mas queremos voltar com segurança, sem colocar em risco nossos clientes - garante Ramires.


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