A realidade dos servidores estaduais, atingidos pelo parcelamento de salários no governo José Ivo Sartori (PMDB), está cada vez mais complicada. Como os próprios servidores estão dizendo, o clima é insustentável e beira o caos. O calendário de pagamento, reinventado pelo Piratini, traz transtornos e, por consequência, implica na necessidade de uma reavaliação do que passa a ser prioridade no dia a dia dos servidores.
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O Diário traz, nesta reportagem, como está a vida de funcionários públicos das principais categorias afetadas pelo parcelamento: Polícia Civil, Brigada Militar e professores. Frente a um cenário de adversidade e de intranquilidade financeira, a combinação entre parcelamento salarial e indefinição no horizonte traz como saldo o medo e o temor por um futuro cada vez mais incerto.
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Na tarde desta quarta-feira,em meio a um cenário de protesto em Santa Maria, o Diário conversou com dezenas de funcionários afetados pela medida do Piratini. A seguir, confira como alguns deles estão driblando a crise.
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Saída é pedir compreensão dos credores
Às vésperas do anúncio do parcelamento dos salários dos funcionários públicos estaduais, no final do mês passado, o governador José Ivo Sartori (PMDB) pediu a compreensão de todos. O inspetor da Polícia Civil André Floresta, 48 anos, apropria-se da declaração do peemedebista e faz uma adaptação ao dizer que seguirá a máxima do Piratini e pedirá compreensão dos credores:
Se nós, os funcionários, temos de ter compreensão, podemos pedir o mesmo de bancos e credores. Não é mesmo? Mas o servidor não é como ele (Sartori) e honra com os seus compromissos.
Polícia Civil: André Floresta, 48 anos, precisou recorrer a um empréstimo financeiro para honrar as contas do mês (Foto: Marcelo Martins / Agência RBS)
No entanto, para poder manter o nome limpo, como repetem os servidores, o inspetor afirma que teve de recorrer a um empréstimo bancário de R$ 2 mil. O valor será, basicamente, para pagar as contas de água e luz. O que não torna o quadro dele tão insusten"