opinião

Quando vai começar a mobilização pela duplicação da Faixa Nova?

Deni Zolin


Foto: Gabriel Haesbaert (Arquivo Diário)
Trânsito início da manhã na RSC 287

A confirmação do BNDES de que vai liberar os R$ 19 milhões que faltam para concluir a duplicação da Faixa Velha de Camobi (ERS-509) é um grande alívio para quem sofre com os congestionamentos na rodovia. Ao que tudo indica, a obra será retomada até o final de maio e deve ser concluída até o final de agosto ou setembro. Apesar desse alento, fica a dúvida: quando vai começar a mobilização das autoridades e entidades empresariais de Santa Maria para que tenhamos um projeto efetivo de duplicação da Faixa Nova de Camobi (RSC-287)? Claro que, atualmente, a situação do Estado e do país não são as mais favoráveis para que esse projeto saia do papel em breve. Mas, se não houver articulação e pressão, daí é que nunca essa duplicação sairá do papel.

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Claro que a conclusão da Faixa Velha tende a amenizar os congestionamentos tanto na ERS-509 quanto na RSC-287. Mas isso pode não durar muito tempo. Daqui a 10 anos, imaginem como estará o trânsito na Faixa Nova? Portanto, depois da conclusão da Faixa Velha e da Travessia Urbana, é urgente que a cidade se mobilize para cobrar e tentar tornar viável algum projeto de duplicação da Faixa Nova. Quem sabe tentando torná-la novamente uma BR, sob alegação de que serve a UFSM, pois com recursos federais seria menos difícil, já que o governo do Estado dificilmente terá verbas para grandes investimentos. Outra necessidade urgente é duplicar o trecho urbano da BR-392, na saída para São Sepé, mas o projeto está parado no Dnit.

Pedágios e duplicação da RSC-287
Outra opção para tentar duplicar a Faixa Nova de Camobi é se o Estado fizer mesmo a concessão de toda a RSC-287 a empresas de pedágios. A proposta é fazer a concessão por 30 anos. Até o final de maio, a consultoria alemã KPMG deve entregar o estudo de viabilidade detalhado, informando em que ano seria possível duplicar cada trecho da RSC-287, de Santa Maria à Tabaí-Canoas. 

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- O trabalho da KPMG é um estudo para a duplicação completa da RSC-287, não é um trabalho meia-boca. Claro que isso precisa de um estudo do tempo de investimento, em que o próprio fluxo (do pedágio) vai financiando o investimento (duplicação). Nosso compromisso é que, no mínimo, o estudo e o edital vão ficar prontos para licitar, para uma tomada de decisão futura (de fazer ou não a concessão) - afirmou o secretário estadual de Planejamento, Josué Barbosa.

Porém, como possivelmente a licitação dos pedágios ficará para o próximo governo, ainda não é certo que a concessão será feita, pois há a possibilidade de o futuro governador engavetar a proposta.

Claro que o ideal seria não haver pedágios na RSC-287 e o Estado duplicar a estrada e mantê-la em boas condições. Mas alguém acredita que haja outra forma de duplicar os 235 km da RSC-287, de Santa Maria até a Tabaí, sem haver pedágios? Se hoje o trânsito já é intenso, imagine se chegarmos daqui a 20 anos sem a rodovia duplicada. Precisamos ter uma avaliação realista e séria do problema, até para não repetir os erros do passado, em que houve pedágios sem exigências de ampliações da rodovia.

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