Inspirado em uma lei que vigora na cidade de Caçapava do Sul, o vereador de São Sepé Luiz Otávio Picada Gazen (PDT), Tavinho, propôs um projeto que busca a sanidade dos equinos e beneficiar produtores rurais na realização de exames dos seus animais. A iniciativa do legislador, que já teve aprovação na Câmara do município e aguarda sanção do prefeito, propõe a criação do Programa Municipal de Controle do Mormo e Anemia Infecciosa Equina. Conforme Tavinho, alguns proprietários de animais deixam de fazer os exames devido ao alto custo.
– São exames necessários para a saúde destes animais. Nunca tivemos casos oficiais do mormo na cidade, mas tivemos ações como desfiles e rodeios canceladas por causa disso. Além disso, aqui, o cavalo é muito usado no dia a dia. Não tem propriedade que não tenha ao menos um animal. A ideia é a prevenção e também baixar o custo aos proprietários destes cavalos – explicou o vereador.
Segundo ele, as coletas de material passariam a ser realizadas por um médico veterinário que o município já tem, sem custo aos ruralistas. Já os procedimentos laboratoriais, custeados pelo produtor, seriam feitos em laboratórios conveniados com a prefeitura, que terão de cobrar valores mais baixos do que os já praticados.
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– A gente sabe que os donos de cavalo querem fazer os exames, mas muitos não têm condições. Se for aprovado, o programa pode gerar uma economia de até 50% por animal – argumenta ele.
O produtor rural Moisés Posser, 70 anos, que tem três cavalos na sua propriedade na localidade de Jazidas, no interior de São Sepé, considera a iniciativa válida. Ele já é contemplado com baixos preços nos exames dos seus animais por um programa da cooperativa da cidade da qual ele é associado. Mesmo assim, acha justo que o maior número de proprietários possível seja alcançado.
– É uma ideia boa, principalmente para quem participa de rodeios e cavalgadas. Tomara que alcance também os carroceiros, para termos certeza de que todos os animais estejam saudáveis, diminuindo a preocupação – destaca Posser.
Além disso, o produtor considera que deveria haver uma forma mais fácil para liberação da Guia de Trânsito Animal (GTA), inclusive sobre o prazo de validade.
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– A gente mora há 30 quilômetros da cidade e a cada vez que precisa de uma GTA, precisa ir lá emitir. Daí o custo acaba ficando ainda mais alto, além dos exames obrigatórios – acrescenta Posser.
A Secretaria de Agricultura do Estado anunciou no mês passado que trabalha no desenvolvimento de um aplicativo que prevê a criação de um documento virtual chamado de DDTE (Documento Digital de Trânsito Equino). Ainda não há prazo para o sistema entrar em funcionamento.