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Preço da saca de soja segue alto, mas continuidade depende da variação do dólar

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data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Gabriel Haesbaert (Diário)

A variação cambial dos próximos meses será decisiva para continuidade dos preços altos praticados para a venda de soja no país. Pelo último boletim informativo do escritório regional da Emater, a saca de 60kg era comercializada, em média, por R$ 148,33, durante a última semana em Santa Maria e região. O preço do grão depende de vários fatores, como o valor do bushel - que equivale a cerca de 27 quilos de soja - na Bolsa de Chicago, as bonificações por exportações e, por fim, a variação do preço do dólar em relação ao real.  

Com a projeção da chegada da vacina contra a Covid-19 e a consequente retomada econômica em diversos setores, existe a expectativa que a moeda americana se desvalorize em relação ao real. O dólar fechou o último pregão, na sexta-feira, cotado a R$ 5,29. 

- O estoque americano está bastante baixo. Há ainda o risco de o cambio recuar. Existem consultorias e o próprio boletim Focus indicando um cambio mais baixo para frente. Isso pode fazer com que o preço recue um pouco - relata o gerente comercial da Cooperativa de Júlio de Castilhos (Cotrijuc), Luiz César Moro. 

A expectativa de produção neste ano do grão em todo o país é de 130 milhões de toneladas. A produtividade no Paraná e no Mato Grosso do Sul, onde já começou a colheita, está dentro do previsto. Como o Brasil é o maior produtor de soja do planeta, a produtividade aqui impacta diretamente no preço praticado no resto do mundo.  

- O grande problema para os estoques é a safra da Argentina, que deve quebrar um pouco em função da estiagem - diz Moro.  

NA REGIÃO 
Na região de cobertura do escritório regional da Emater, foram plantados 993 mil hectares de soja, com uma expectativa de produção média de 50 sacas por hectare. Na visão do assistente técnico do escritório regional, Luis Fernando Oliveira, as chuvas nas próximas semanas ditarão o rumo da produção. Como a maioria das plantações está entrando em fase de floração, este é um momento decisivo.  

- Não vai ser uma safra acima da média. Mas, por enquanto, a perspectiva é que ela seja dentro daquilo que foi previsto. Algumas lavouras, por exemplo, precisaram ser semeadas no final de dezembro do ano passado. Esse atraso na semeadura causa uma perda potencial de rendimento - relata.  

PERSPECTIVAS
Segundo o Instituto Riograndense do Arroz (Irga), para o resto de janeiro, a maioria dos modelos converge para precipitações acima da média, contudo, de forma mal distribuída. Já para fevereiro e março, o modelo do Instituto Nacional de Meteorologia indica condições de chuva abaixo da média para a maioria das regiões do Estado.

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