Postos esperam o fim dos estoques para decidir se irão reduzir o preço da gasolina

Foto: Jean Pimentel (Arquivo Diário)

Apesar da Petrobras ter anunciado queda de 14 centavos da gasolina nas refinarias, na segunda e terça desta semana, a Sulpetro, sindicato que representa os postos de combustíveis do Rio Grande do Sul, informou que, desde ontem, a média do combustível para fins de cálculo de ICMS passa de R$ 4,8826 para R$ 4,9931 no Estado. Como a gasolina paga 30% de ICMS, o valor cobrado em imposto subirá 4 centavos por litro de gasolina agora em novembro. Dessa forma, a tendência é que, nos postos, não haja redução dos 14 centavos anunciados pela Petrobras.

Preço do litro da gasolina está R$ 0,12 menor nas refinarias

O gerente comercial da distribuidora de combustíveis Santa Lúcia, Claudio Tavares, lembra também que o etanol anidro, que compõe 27% da gasolina, vem apresentando altas, já que estamos no período de entressafra da cana-de-açúcar. Ele diz que se chegar alguma redução de preço da gasolina nas bombas, será a partir da semana que vem. Mas não acredita em redução expressiva.

NA SEMANA QUE VEM
O gerente do Posto Rota 11, Afonso Volkweis, diz que, se houver queda no preço, deve ocorrer no meio da próxima semana, porque é preciso aguardar o fim dos estoques da revenda. Volkweis conta que o posto está há cerca de um mês com o mesmo valor do litro da gasolina. Ele também vai esperar para avaliar o preço de venda da distribuidora para o posto e, assim, verificar se há redução no preço final.

A expectativa é mesma no Posto Bittencourt, segundo o gerente, Darciso Antoline. Ele avalia que a partir da compra de mais estoque é que será possível avaliar o quadro geral dos preços e ver se será possível fazer uma redução para o consumidor final.

VENDAS CAEM 17%
A Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) publicou, em boletim mensal, que as vendas de setembro da gasolina C recuaram 17,37% em relação ao mesmo mês do ano passado. A gasolina C é que chega ao consumidor nos postos, já com todos os componentes misturados no combustível e com os impostos acrescidos no preço final.

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Claudio Tavares conta que esta redução é perceptível para os postos de Santa Maria e região. Ele opina que a queda na venda da gasolina tem forte impacto na economia local.

- A cadeia do combustível influencia em tudo, porque as pessoas saem menos de carro, por consequência, compram menos nos mercados para não ter muita coisa para carregar, saem menos para comer fora. E aqui no Estado vamos sentir mais ainda, com o pagamento do funcionalismo entrando só depois do dia 12 (de novembro), vai refletir em mais queda da venda de combustíveis - avalia Tavares.