Aos poucos, os partidos vão deixando de lado a estratégia de francos-atiradores, quando disparavam sua artilharia em direção a todas as siglas em busca de alianças para o pleito de outubro. Agora, entra na reta final a movimentação em torno de aproximações concretas entre as siglas. Afinidades ideológicas ou de programas de governo, talvez, sejam o que menos importa durante as composições.
Este jogo envolve uma série de interesses, como espaço de televisão, financiamento de campanha, vantagens na proporcional e negociações de espaço e cargos em caso de vitória. Quando uma aliança é oficializada, faz com que outros namoros virem casamentos. Esse efeito cascata pode ser percebido no momento em que o PP oficializou o apoio ao PSDB.
– Muita coisa dependia do caminho a ser trilhado pelo PP – diz um prefeiturável.
A aliança com os tucanos, que faz oposição declarada no Legislativo ao governo Cezar Schirmer (PMDB), deixou o PP em saia justa. Há ameaças de que Schirmer retiraria os 40 CCs e os quatro secretários da sigla da prefeitura. Mas, por enquanto, está apenas no terreno da ameaça. Porém, essa aproximação do PP e PSDB, fez com que o namoro entre o PMDB e o PSB virasse uma união estável.
Mesmo que muitos peemedebistas não se agradem de um ex-petista, um político diz que o pragmatismo do PMDB prevaleceu. Desde a formalização da aliança do PP e PSDB, a peemedebista, ex-vereadora e ex-secretária de município, Magali Marques da Rocha é apresentada como vice de Fabiano Pereira (PSB) em eventos pela cidade.
Conforme o próprio Fabiano, até o momento, a coligação deles já conta com a adesão de seis siglas: PSD, PTB, Rede, PPS, PV e PMN.Outras movimentações seguem envolvendo nomes protagonistas e coadjuvantes no pleito.
O também candidato Valdeci Oliveira (PT) estaria buscando o apoio do PC do B e do PDT, mesmo que as duas siglas tenham pré-candidaturas próprias à prefeitura. O PT tem correntes internas que defendem chapa pura.
Marcelo Bisogno (PDT) tem, no momento, o apoio do PROS, mas afirma ter outras siglas em vista. Werner Rempel, do PPL, segue em voo solo. Mas espera contar com o apoio do DEM.Tiago Aires (PC do B) diz que ainda busca uma aliança viável e coerente.
Já o PSol, de Alcir Martins, quer viabilizar uma frente de esquerda. E Jaderson Maretoli (SD) e Adão Lemos (PSC), contabilizam o apoio de cinco partidos.
Menos candidatos
No começo de maio, havia 10 prefeituráveis. Hoje, em função do desdobramento de alianças, são oito. Há quem aposte que, apesar da possibilidade de segundo turno, as costuras prévias façam o número reduzir para seis ou cinco candidatos.
Confira, abaixo, como estão as costuras para a articulação de alianças entre os pré-candidatos:
Alcir Martins (PSol) – Sem vice. Busca partidos alinhados de esquerda
Fabiano Pereira (PSB) – Com vice do PMDB, afirma ter o apoio de mais siglas: PSD, PTB, Rede, PPS, PV e PMN
Jaderson Maretoli (SD) – Com vice do PSC, tem o apoio de PRB, PPN, PTC, PRTB e PSL
Jorge Pozzobom (PSDB) – Com vice do PP, tem o apoio do PR e busca aliança com o DEM, entre outras siglas
Marcelo Bisogno (PDT) – Com chapa pura, tem o apoio do PROS e espera o apoio de duas siglas da base governista
Tiago Aires (PC do B) – Sem vice, ainda procura siglas, mas não tem nada pré-acordado
Valdeci Oliveira (PT) – Sem vice, aposta em uma aliança com PDT (de Bisogno) ou PC do B (de Aires). Não descarta chapa pura
Werner Rempel (PPL) – Sem vice, espera adesão do DEM
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