Para marcar o aniversário de um ano da reforma trabalhista, evento debateu o tema em Santa Maria

Foto: Eduardo Tesch (Diário)
Ministro aposentado do TST, Gelson de Azevedo avaliou que reforma não retira direitos já adquiridos pelos trabalhadore

No dia 11 de julho de 2017, há quase um ano, o Senado Federal aprovou o texto base da reforma trabalhista. A nova lei entrou em vigor 120 dias após a aprovação no Senado, no dia 11 de novembro do ano passado. A modernização trabalhista, termo usado pelos apoiadores da nova lei, enfrentou muita resistência de parte da população e também de movimentos sociais. O medo de perder direitos trabalhistas adquiridos pela CLT é a principal preocupação dos críticos a nova lei. Para marcar o aniversário de um ano da reforma trabalhista, a Câmara dos Deputados está promovendo a Jornada Brasileira de Relações de Trabalho.

Novo atacado será inaugurado nesta quinta em Santa Maria

Na manhã de hoje, no Itaimbé Palace Hotel, Santa Maria foi a terceira cidade do Estado a receber a jornada. Em uma reunião-almoço, autoridades que são favoráveis à nova lei palestraram para uma plateia de cerca de 250 pessoas. O evento começou ao meio-dia e se estendeu até as 14h30min.

O primeiro a palestrar foi o deputado federal e ex-ministro do Trabalho Ronaldo Nogueira (PTB). Para ele, a reforma trabalhista só trouxe benefícios ao país, que enfrentava uma grande onda de desemprego há cerca um ano.

- A modernização trabalhista resolveu muitos problemas. O Brasil vinha pendendo uma média de 100 mil postos de trabalho todos os meses. Saímos de uma situação onde o emprego não existia. Depois da reforma, conseguimos melhorar e muito a criação de vagas com carteira assinada no Brasil - afirmou.

Prazo para sacar PIS/Pasep termina nesta sexta-feira

Em seguida, o desembargador do Tribunal Superior do Trabalho da 24ª região, Amaury Rodrigues, destacou que a reforma corrigiu uma série de distorções na relação entre empregado e empregadores.

- É claro que sempre existe uma queda de braço entre os dois lados. Há conflito de interesses. Em um determinado momento, quando uma classe começa a ter mais vantagens do que a outro. Só que isso não pode ser absoluto, a sociedade não aguenta - frisou.

Na sequência, encerrando o evento, o ministro aposentado do Tribunal Superior do Trabalho, Gelson de Azevedo, afirmou que a nova lei não retira direitos já adquiridos pelos trabalhadores brasileiros.

- Simplesmente não há como retirar direitos dos trabalhadores, porque elas estão asseguradas na nossa Constituição Federal. A lei é extraordinariamente boa. Ela passa a considerar fatos que antes não eram previstos, como a jornada intermitente, por exemplo - afirmou ele.

PRINCIPAIS MUDANÇAS