Sob análise

Obra de novo prédio da Câmara de Santa Maria está na berlinda

Ticiana Fontana

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Quem é supersticioso que bata três vezes em um pedaço de madeira antes de seguir a leitura. Não é força de expressão dizer que parece ter um sapo enterrado na obra do novo prédio da Câmara de Vereadores, que está há quase três anos parada (veja detalhes na linha do tempo).

Somente após uma análise técnica é que o seu destino será traçado novamente. Isso significa dois caminhos possíveis: recalcular valores e abrir nova licitação para finalizar a obra ou colocá-la abaixo. Nos bastidores, comenta-se que o planejamento foi feito de forma apressada e com valor orçado, R$ 4,9 milhões na época, muito abaixo do praticado no mercado.

A atual direção do Legislativo aguarda uma manifestação final do Tribunal de Contas do Estado (TCE), que avalia denúncias por parte de ex-trabalhadores da obra, de supostas irregularidades na execução do projeto. Em agosto, técnicos do TCE fizeram uma vistoria no prédio e, no mês passado, a direção da Casa reuniu-se com o órgão e está providenciando os laudos pedidos.

_ Para aplicar dinheiro público ali precisamos resolver os problemas. Vamos contratar dois engenheiros para avaliar as fundações e outro para fazer uma perícia no material empregado _ explica a atual presidente do Legislativo Deili Granvile (PTB).

Desde sexta-feira, a Câmara aguarda o repasse de orçamentos de engenheiros interessados em fazer o trabalho. Se os valores apresentados forem maiores do que R$ 8 mil, devem ser feitas cartas-convites para executar o serviço. Em uma previsão pessimista, até o fim do ano seriam contratados os profissionais para executarem os dois laudos que serão enviados ao TCE.
Com base nessa projeção, se for dado o aval positivo à continuidade da obra, a construção deve ser retomada somente no primeiro semestre de 2015.

Construção sempre polêmica

Manoel Badke (DEM), que presidiu a Casa recentemente, afirma que desde o início havia problemas.
_ Os funcionários nos procuravam dizendo que o salário estava atrasado e eu explicava que a nossa missão era fiscalizar a obra e pagar a empresa _ conta Badke, acrescentando que no final de 2012, comprou, por cerca de R$ 128 mil, todo o mobiliário para a nova Casa, que está guardado em depósito da prefeitura.

Uma das idealizadoras da obra, a vereadora Sandra Rebelato (PP), não acredita que tenha problema nas fundações:
_ Ficam falando de coisas que não existem. Não é por mim,  pois posso trabalhar até embaixo de uma árvore, mas o novo prédio é para o bem da comunidade, além de preservar o patrimônio histórico (referindo-se a atual sede).

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