Júlio de Castilhos sedia na sexta-feira (4) a 14ª Abertura Oficial do Plantio da Soja no Rio Grande do Sul. O ato principal ocorrerá às 10h30min no Parque de Exposições Miguel Waihrich Filho e contará com a presença do governador Eduardo Leite (PSDB).
O prazo para semeadura no Estado teve início em 1º de outubro, quando chegou ao fim o vazio sanitário, período em que o plantio é proibido. A medida foi instituída pelo Ministério da Agricultura e Abastecimento (Mapa) para o controle da ferrugem da soja. O vazio costuma durar três meses.
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Na safra 2024/2025, a situação das dívidas e o acesso ao crédito por parte dos agricultores são questões centrais para o setor gaúcho, segundo a Associação dos Produtores de Soja e Milho (Aprosoja). As dificuldades climáticas têm afetado as lavouras nas últimas safras, seja por seca ou, neste ano, com as enchentes.
Ao Canal Rural, o presidente da Aprosoja, Ireneu Orth, disse que muitos produtores lidam com a falta de recursos para insumos e incertezas sobre a colheita.
- Sem condições adequadas para plantar, os prejuízos podem aumentar, tornando o futuro da produção agrícola incerto. Assim, é necessário que as lavouras, com clima favorável, consigam produzir de forma robusta, dentro da sua capacidade, para melhorar as condições de mercado - afirmou Orth.
A situação é mais complexa na metade sul do Rio Grande do Sul devido aos impactos das enchentes de abril e maio. Para driblar as dificuldades, muitos produtores recorreram a crédito, o que pode elevar o custo das plantações, segundo Orth.
A programação da Abertura Oficial do Plantio da Soja no Estado terá início às 8h, com o Dia de Negócios, com a participação de empresas. Às 10h30min, ocorrerá o plantio simbólico com a presença de Eduardo Leite e também do secretário em exercício da Agricultura, Pecuária, Produção Sustentável e Irrigação, Márcio Madalena, além de autoridades locais e estaduais.
Principal cultura local
A soja é a principal cultura de Júlio de Castilhos e responsável por geração de renda e empregos. Dados do Censo 2017 apontam que o município colhe 400 mil toneladas/ano, o equivalente a 6,8 milhões de sacas por safra. O volume movimenta mais de meio bilhão de reais na economia local.
Como tradição, o município da Região Central sedia o evento que marca o plantio de cada safra gaúcha. Já a vizinha Tupanciretã, maior produtora do grão no Estado, sedia o evento de abertura da colheita, em março.