em todo país

Metade dos pais não confia na segurança sanitária de escolas públicas

18.396

data-filename="retriever" style="width: 100%;">Foto: Pedro Piegas (arquivo/ Diário) 

Quase metade - 49% -  dos pais de estudantes de escolas públicas municipais e estaduais não confia na capacidade da instituição de se adequar às normas de segurança sanitária para evitar o contágio da Covid-19 no retorno às aulas presenciais. Apenas 19% disseram que "confiam muito" na capacidade da escola neste quesito e 31% "confiam um pouco". Em setembro, o índice dos que não confiavam na segurança sanitária da escola era de 22%.

Em relação ao comportamento dos estudantes, 43% dos pais não confiam que os alunos cumprirão os protocolos de segurança - índice era de 24% em setembro.

Estado tem mais de 1,1 mil pacientes em UTIs Covid-19

Os dados são da quinta edição da pesquisa Datafolha "Educação não presencial na perspectiva dos estudantes e suas famílias", encomendada pela Fundação Lemann, Itaú Social e Imaginable Futures, realizada com 1.015 pais ou responsáveis de alunos das redes públicas municipais e estaduais do país, com idade entre 6 e 18 anos, no período de 16 de novembro a 2 de dezembro de 2020.

Desde o ano passado, escolas de Norte a Sul do país foram fechadas e as aulas, suspensas em virtude da pandemia de Covid-19.

ATRASOS NO APRENDIZADO
Sete em cada dez entrevistados  - 69% - acreditam que, se as escolas continuarem fechadas, as crianças dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental terão um atraso em seu processo de alfabetização e prejuízo no aprendizado. Sobre as crianças da pré-escola, 65% acreditam que elas terão o seu desenvolvimento comprometido.

Em relação aos adolescentes, para 58% dos pais, a percepção é a de que tenham problemas emocionais por causa do isolamento. O mesmo percentual acredita que os alunos do Ensino Médio correm o risco de desistir dos estudos.

Segundo a pesquisa, para os estudantes mais pobres, os prejuízos decorrentes da falta de aula presencial podem ser maiores do que a média, já que o acesso ao ensino remoto é desigual no Brasil. Para 80% dos pais e responsáveis, é muito provável que eles fiquem para trás por terem mais dificuldades de estudar em casa.

Hospital de Caridade está com leitos lotados e não receberá pacientes de fora

Além disso, 47% dos entrevistados dizem ter sofrido com a diminuição da renda familiar durante a pandemia.

APOIO DAS ESCOLAS
Para 79% dos entrevistados, as escolas deram apoio durante o período sem aulas presenciais, principalmente nos anos iniciais do ensino fundamental 87%. De acordo com o levantamento, o suporte consistiu principalmente em professores disponíveis para tirar dúvidas dos responsáveis, orientações gerais sobre como apoiar os estudantes para fazerem as atividades e sugestões para motivá-los a participar.

Na percepção dos pais, foram desenvolvidas habilidades como usar a tecnologia para estudar e aprender, não desistir diante das dificuldades e pesquisar e ampliar o conhecimento sozinho. No entanto, houve dificuldades dos estudantes para organizar as rotinas de estudo com autonomia, além de capacidade de adaptação e flexibilidade. O índice dos que percebem dificuldade em manter uma rotina das atividades em casa alcançou 69%. Nos anos iniciais do ensino fundamental, chega a 72%.

As entidades responsáveis pela pesquisa observaram um processo crescente de desmotivação entre os alunos desde maio de 2020, quando ocorreu a primeira edição da série de cinco pesquisas realizadas até agora. Em maio, 46% dos estudantes se diziam desmotivados. Em novembro, o percentual subiu para 55%.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Anterior

Morre Antônio Vasconcellos, dos sorvetes Milkmone

Próximo

Depois da pandemia, lancherias vão poder funcionar por 24 horas

Economia