Legislativo

Maciel diz que 'nunca existiu divisão de salário'

Marcelo Martins

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Sobre uma das acusações que recaem contra Maciel – a de recebimento, de forma irregular, de parte dos salários de três dos seus assessores administrativos em 2009 –, o peemedebista asseverou:

– Nunca existiu divisão de salário. Um desses funcionários foi exonerado por mim e ele mobilizou os outros dois para dar corpo e armar tudo isso e, claro, levaram a história ao MP.

O depoimento de Maciel foi acompanhado por seu advogado Robson Zinn, que já foi procurador jurídico da Câmara. Quem ouvia atentamente o peemedebista era Tiago Aires – ex-PSol e que, agora, está na Rede Sustentabilidade – que ingressou com a denúncia na Casa contra Maciel.

Após o fim do depoimento, Maciel e Aires trocaram algumas palavras. Aires pediu que Maciel renunciasse ao mandato. O parlamentar respondeu que irá usar a CPP e o seu mandato para provar sua inocência.

Ao “Diário”, Maciel adiantou que não deve mais concorrer à vereança. Segundo ele, esse é um pedido de sua família. O peemedebista acredita que seu futuro “será se dedicar a quem precisa de ajuda”.

Vereador diz ser "vítima de uma cilada política"

À comissão, o peemedebista disse ser “vítima de uma cilada política”. Maciel, que está em seu terceiro mandato consecutivo, falou por 27 minutos e, durante o tempo em que depôs, assegurou que há uma grande orquestração para prejudicá-lo. Contudo, ele não apontou quem seriam ou quais seriam os interesses em execrá-lo:

– Quiseram esmagar o meu nome.

Neste ano, o Tribunal de Justiça (TJ) gaúcho condenou Maciel a seis anos e oito meses de prisão em regime semiaberto da acusação de possível recebimento de salários dos CCs (cargos em comissão) que trabalhavam com ele.

A CPP não apura situações referentes  à Operação Medicaro quando, em março deste ano, Maciel foi preso em flagrante, após cumprimento de mandado na sede de seu programa social, por armazenar e distribuir medicamentos controlados sem receita médica.

A comissão formada pelos vereadores Denardin (PP), Kaus (PMDB) e Badke (DEM) terá até 90 dias para a conclusão dos trabalhos. Durante quase duas horas, os vereadores se limitaram a ouvir Maciel e fizeram questionamentos pontuais. O relatório apontará pela cassação do mandato ou o arquivamento do processo e será votado pelos 20 parlamentares.

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