O reajuste da energia elétrica de 20,96% para consumidores residenciais, que entrou em vigor na última quinta-feira para os clientes da RGE Sul, voltou a assustar todo mundo. Num momento delicado da economia, em que o desemprego segue alto e gastos com combustíveis também haviam disparado, a pressão sobre o bolso do consumidor e também sobre os custos de empresas cresce muito.
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Apesar do susto, fiquei curioso para saber qual foi o impacto dos reajustes acumulados da luz nos últimos anos. Pegando os percentuais de 2010 para cá, dá um acumulado de 69,6% de aumento para os consumidores residenciais. Porém, se levar em conta a comparação com a inflação do período pelo IPCA, que acumulou 60,6%, o aumento real da luz foi de 9% desde 2010 para os clientes da RGE Sul.
Agora resta saber como será o impacto do reajuste no cotidiano das pessoas e das empresas, pois muitas já vivem um momento delicado. Sobrará menos dinheiro para as pessoas consumirem. Agora, imagine como vai se virar uma loja ou uma indústria que pagará 24,99% mais de luz? Há um risco de ter de demitir algum funcionário, pois nem todas as fábricas e empresas conseguirão repassar a alta dos custos com energia ao preço final dos produtos.
Baixa tensão (residenciais) | Alta tensão (industriais) | |
2010
| -1,76% | - 2,59% |
2011 | 6,36% | 8,82% |
2012
| 5,31% | 5,98% |
2013
| -23,62% | -23,62% |
2014
| 28,86% | 29% |
2015
| 39,5% | 39,5% |
2016
| -0,34% | -0,33% |
2017
| -5,66% | -7,59% |
2018 | 20,96% | 24,99% |