As atividades da 24ª Feira Internacional do Cooperativismo (Feicoop) e a 13ª Feira Latino Americana de Economia Solidária, organizadas pelo Projeto Esperança/Cooesperança, começaram ainda na quinta. No entanto, a abertura oficial foi realizada na tarde de sexta, no palco principal da estrutura montada no Centro de Referência em Economia Solidária Dom Ivo Lorscheiter, em Santa Maria. Para os três dias do evento, até este domingo, são esperados 250 mil visitantes.
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A coordenadora da feira, Irmã Lourdes Dill, recebeu autoridades durante a cerimônia e destacou a importância da união de todos.– Não existe evento no país que congregue como a Feicoop, reunindo em um único local milhares de grupos de economia solidária de todos os estados e também de outros países. Isso tudo em um momento de crise econômica e política – disse.
Dentre as autoridades presentes, marcaram presença a deputada federal Maria do Rosário (PT), o deputado estadual Valdeci Oliveira (PT), o prefeito Jorge Pozzobom (PSDB), o vereador presidente do Legislativo municipal Admar Pozzobom (PSDB), o arcebispo Dom Hélio Adelar Hubert, entre outros.
A deputada Maria do Rosário é relatora de um projeto de lei que sugere a criação do Sistema Nacional de Economia Solidária. Segundo ela, se aprovado, o projeto deve trazer vantagens aos beneficiários.– Além da regulamentação das atividades da economia solidário, será possível investir em empreendimentos econômicos solidários, criando um fundo de recursos com colaboração do governo federal para investir também em capacitação para estas pessoas, proporcionado renda e melhores condições – explica a deputada.
A parlamentar acredita ainda que o projeto possa demorar a ser aprovado em função da atual situação econômica, já que prevê a criação deste fundo de recursos. Irmã Lourdes comentou o projeto de lei.– É uma lei que ampliará possibilidades. Permitirá oficialmente a comercialização de produtos já que teremos uma reconhecimento público destes empreendimentos de economia solidária. Torcemos para que seja aprovado logo – avalia a irmã.
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Em meio aos pavilhões lotados de expositores e público, há quem veio pela primeira vez à Feicoop. É o caso do argentino David Gabay, 34 anos, que integra uma rede de solidariedade e cooperativismo que reúne mais de 100 famílias de diferentes cidades da Argentina. Os produtos dos seu grupo solidário variam desde livros impressos em papel reciclável, passando por vinhos e doces de frutas, até a produção têxtil manual e produtos agroecológicos.
– Esta forma de trabalho é uma economia alternativa ao capitalismo. O evento está muito bonito, muito grandioso, e permite a troca de experiência com pessoas de vários locais – avalia Gabay.