Opinião

É quase interminável a lista de obras públicas paradas em Santa Maria

Fotos: Arquivo Diário
Hospital Regional, posto da Santa Marta, ressonância do Husm e prédio da Câmara estão empacados

O que está acontecendo com Santa Maria? Novo prédio da Câmara de Vereadores, Hospital Regional, posto de saúde da Santa Marta, Restaurante Popular, centro de eventos do CDM, centro de atividades múltiplas Garibaldi Poggetti (Bombril), Casa de Cultura, instalação do aparelho de ressonância magnética no Husm, construção de 10 creches do Proinfância e duplicação da Faixa Velha são alguns dos prédios e obras públicas que estão enrolados há bastante tempo. Cada um está parado por um motivo diferente, mas o revoltante é saber que, na maioria dos casos, é por problemas de burocracia ou falta de verbas ou de planejamento. Além disso, ainda não se conseguiu consertar o ginásio do Guarani Atlântico, que foi destruído no temporal de outubro de 2015.

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Sempre há justificativas para as demoras e atrasos - e até faz parte haver alguns imprevistos. Porém, o problema é que as regras do poder público e das licitações são muito engessadas e talvez falte habilidade política para resolver os impasses. No caso do Restaurante Popular, por exemplo, não apareciam empresas interessadas na licitação para fazer o laudo de segurança das panelas de pressão. Mas em casos como esse deveria haver flexibilização das regras para ser feita uma dispensa de licitação, pois o prejuízo à população por ficar sem refeições por anos é muito maior do que a economia de pouco dinheiro que talvez seja obtida por meio de licitação. E há também o prejuízo enorme que é manter um prédio fechado e se deteriorando. Situação semelhante ocorre com o aparelho de ressonância, que está parado desde 2013 no Husm, gerando prejuízo milionário e demora para realizar exames pelo SUS. Um dos atrasos foi porque não havia empresas interessadas nas licitações para fazer o transporte do equipamento para a sala adequada.

Não há sapos enterrados

Em Santa Maria, o caso mais grave é o Hospital Regional, que está pronto e parado há mais de 500 dias, prejudicando milhares de pessoas. O novo prédio da Câmara é outro caso absurdo, pois era uma obra totalmente desnecessária e que agora gera prejuízos e transtornos.

De um lado a outro da cidade, problemas diferentes vão se acumulando, por diversos motivos, e quem paga o pato é a população. Por causa dessas obras paradas, pacientes amargam em corredores de hospitais, crianças ficam sem creches, pessoas não têm onde praticar atividades físicas e motoristas enfrentam congestionamentos.

Dizer que há sapos enterrados pela cidade seria uma ofensa aos sapos e simplificaria demais os problemas. É culpa dos homens.

Dinheiro indo pelo ralo

Das obras citadas ao lado, só na construção das creches do Pró-Infância foram desperdiçados alguns milhões de reais com as estruturas pré-moldadas que foram instaladas em cinco obras em Santa Maria, mas não poderão ser reaproveitadas. A prefeitura até entrou na Justiça pedindo ressarcimento da construtora do Paraná, mas sabe-se lá se um dia ela irá pagar. Levantamento do Tribunal de Contas da União apontou que só com as creches inacabadas em todo o Brasil foram jogados no lixo R$ 800 milhões. Dinheiro nosso.


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