verão

Disparam as vendas de água, ventilador e ar-condicionado devido ao calor

Francine Boijink


style="width: 100%;" data-filename="retriever">Foto: Pedro Piegas

As temperaturas recordes deste verão, com marcas na casa dos 40°C, fazem com que os santa-marienses corram em busca de alternativas para aliviar o calorão. O resultado é que dobraram as vendas de ventiladores, aparelhos de ar-condicionado e água mineral, em comparação com o verão do ano passado.

Com tanta gente em busca de ventilador e ar-condicionado, os produtos começam a sumir das prateleiras. Em uma loja de variedades, localizada na Rua Doutor Bozano, no Centro, os ventiladores ainda disponíveis, na quarta-feira, resumiam-se aos dois que estavam logo na entrada do estabelecimento. Conforme o gerente, Vinicius Menezes, o crescimento na procura representa 80% a mais do que nesta mesma época de 2021.

 A opção por ventiladores se dá, segundo ele, em função do alto preço da energia elétrica.

- Tem muito cliente que tem ar-condicionado, tem um arzinho frio, mas pelo aumento da energia elétrica e pelas altas em geral, eles acabam optando pelo ventilador - comenta Menezes.

No estabelecimento onde Vanessa Iensen é assistente administrativa, os ares-condicionados lideram as vendas, embora os ventiladores também registrem aumento na procura desde o início de dezembro do ano passado.

- A gente estava com oferta, taxas reduzidas, condições de pagamento facilitadas para atender nosso cliente - diz Vanessa.

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Com tanto calor que tem feito, pessoas circulando com caixas de ar-condicionado pelas ruas do centro de Santa Maria passou a fazer parte do cenário, além desses produtos terem sido dispostos bem à vista de quem passa na rua. A busca por mais conforto nesta época de altas temperaturas refletiu também na intensificação do movimento desde a última sexta-feira.

- Estamos com promoções bem bacanas, preços bem agressivos já para chamar o cliente para a loja, e a gente está tendo bastante sucesso. A logística nossa é muito rápida, o cliente não vai ficar sem, nós temos produtos para pronta-entrega - garante o vendedor Anderson Bica.

Mesmo com a promessa de não faltar aparelhos, algumas lojas avisam, em cartazes já na porta de entrada, que o estoque de ar-condicionado é limitado. Além do risco de não conseguir o condicionador de ar, dobrou também a procura por instaladores especializados. Na empresa de Elcio Santini, o telefone não para. E faltam até profissionais qualificados.

- Estamos com dificuldade para encontrar mão de obra especializada para o serviço - revela.

Com tanta procura por splits, os preços também podem ficar salgados nesta época. Conforme o aparelho e o local, a instalação custa de R$ 250 a R$ 1,5 mil.

ÁGUA MINERAL

A procura por água mineral cresceu cerca de 100% neste mês em relação a janeiro do ano passado. Esse cenário é percebido na distribuidora onde Elaine da Rosa Simon é coordenadora.

No local, são vendidas cerca de 300 bombonas por dia e o trabalho é intenso. Um momento que passa a ser um fôlego, depois da baixa nas vendas em função do rigoroso inverno e também em decorrência da pandemia

- Houve uma queda enorme. Muito estabelecimentos fecharam. Muitos consultórios fecharam. As residências pararam de consumir devido ao desemprego, que houve uma taxa bem considerável nesse período, para nós foi sobrevivência, se pensou nesses dois últimos anos em sobrevivência - diz Elaine.

Mesmo com essa elevada demanda, na distribuidora onde é disponibilizada água de oito marcas, pode vir a acontecer algum atraso em relação a alguma delas, mas não deve faltar produto. Até por não haver a possibilidade de serem feitos grandes estoques, pelo fato de a água ser perecível, o reabastecimento é quase que diário. Em relação ao preços, no local, não houve elevação dos valores.

- A empresa tem como norma o seguinte: não se sobe preço, independentemente da demanda. Só haverá algum aumento se a mineradora nos passar algum aumento. Fora isso, a empresa tem como fidelidade ao cliente essa postura - assegura Elaine.

De acordo com a Associação Gaúcha de Supermercados (Agas), a procura por água mineral no Estado chegou a dobrar na primeira quinzena de janeiro em relação aos mesmos dias de dezembro do ano passado. Também no setor, não houve registro de aumento substancial nos preços e a perspectiva é que não ocorra falta do produto nas gôndolas.  

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