Política

Depósito de R$ 350 dos salários causa protesto de servidores

Alguns serviços públicos já começam a sofrer os efeitos de mais um parcelamento de salários do funcionalismo por parte do governo do Estado.

Nesta quinta-feira, foi depositada a primeira parcela dos salários de agosto, no valor de R$ 350, na conta dos servidores. 

Policiais civis, agentes penitenciários e professores estão entre as categorias que passarão a paralisar algumas atividades.

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– Com toda essa criminalidade, o governo trata mal a segurança pública. E é de forma geral, com todo o serviço público – protesta Pablo Mesquita, da direção da Ugeirm, sindicato que reúne escrivães, inspetores e investigadores da Polícia Civil.

Nesta quinta-feira, segundo ele, foram canceladas várias operações policiais no Estado e as delegacias passaram a atender só casos graves, como violência contra mulheres e crianças, e homicídios. 

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Agentes da Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) vão adotar a operação legalidade por orientação do Sindicato dos Servidores Penitenciários do RS (Amapergs).

– Vamos fazer só o que a lei determina. Ou seja, só escoltaremos presos com o dobro de agentes em relação ao número de presos. Também vamos conferir as condições das viaturas e vamos pedir a interdição de presídios com superlotação – diz o diretor regional da Amapergs, Nelson Azevedo.

Entre os presídios que serão alvo de ações (antes serão feitas visitas por agentes da Susepe) estão os de Cruz Alta, Santiago, Júlio de Castilhos, Agudo, Cachoeira do Sul e São Sepé.

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– A categoria está com sangue nos olhos, a indignação é enorme – afirma o diretor do 2º Núcleo do Cpers/Sindicato, Rafael Torres, informando que a entidade planeja trancar o acesso à agência central do Banrisul, a partir das 10h desta sexta-feira.

Relatos de professores em dificuldades ganharam as redes sociais, como é o caso de Andreia Schorn, 45 anos, que desabafou no Facebook, contando que os R$ 350 depositados em sua conta foram gastos em tratamento de saúde.

– Isso me abalou completamente, tenho dívidas acumuladas por problemas de saúde. Saí de uma cirurgia há cinco dias – contou Andréia, que recebe R$ 1,6 mil do Estado e R$ 5,2 mil da prefeitura, o que dá ganho bem superior ao de muitos colegas.

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No entanto, a professora diz que trabalha três turnos, ajuda dois filhos e sofre de doença grave (passou por três cirurgias), que acabou gerando dívidas.

– Tenho pena dos meus colegas que ganham menos – diz.

O governo alega que não juntou mais recursos, conseguindo depositar apenas as duas primeiras faixas de uma folha líquida que fechou o mês em R$ 1,143 bilhão.  A intenção é quitar toda a folha até 13 de setembro. (Leia mais na página 16).

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