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Lazer aos tropeços do abandono, no Bairro Dom Antônio Reis

Da redação

Fotos: Natália Venturini (Diário)
Suzana Frey, 56 anos, caminha na praça todas as manhãs e se diz decepcionada com a situação que ela encontra. A cada metro, precisa desviar dos trechos desnivelados para não cair

A reclamação acima foi feita pela dona de casa Suzana Frey, 56 anos. Ela gosta de sair para se exercitar todas as manhãs. Mas conta que perde a vontade ao lembrar-se do estado precário da Praça Dom Antônio Reis, do bairro de mesmo nome, na Região Sul da cidade. Ela reclama que só consegue utilizar dois aparelhos da academia da praça, já que os outros estão enferrujados e quebrados.

Sobram problemas e falta manutenção no Bairro São José

- A iluminação é péssima. Os bojos das luminárias estão suspensos. Se der um vento mais forte, é perigoso cair na cabeça de alguém. Falta uma administração nessa praça, pois está uma vergonha - diz ela. 
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a iluminação precária
A iluminação recebe manutenção periódica sempre que solicitado por vistoria ou protocolo, conforme informado pela Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos. 

Insegurança e lixo atrapalham moradores do Bairro Camobi

Os bancos estão depredados, quebrados e sem acentos. Os moradores reclamam que não têm um local para eles usufruírem nos fins de tarde. A quadra para jogos está sem revitalização e com vegetação alta. As flores que existem no local são cuidadas por moradores, que todos os dias as regam.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a praça depredada do bairro
Conforme a Secretaria de Meio Ambiente, será feira uma vistoria no local para que a limpeza seja inserida no cronograma de trabalho. Segundo a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, a manutenção dos equipamentos será protocolada e posteriormente realizada. 

Praça sofre com a depredação. Há bancos e aparelhos de ginástica quebrados

As ruas do bairro não possuem placas com o nome das ruas e nem sinalização de trânsito, exceto as das ruas principais. Por lá, a buraqueira também impera:

- Faz muitos anos que eles não fazem manutenção das ruas. Estamos em situação de abandono, mas os impostos chegam no tempo certo para pagarmos. É um descaso - lamenta o aposentado Selmes de Souza Fraga, 66 anos.

Fraga também reclama da falta de pavimentação nas ruas da região. Ele já está há 22 anos no local. Todo o mês, precisa levar o carro para a manutenção, pela quantidade de buracos.

Buracos e insegurança preocupam moradores do Bairro Camobi

- Sai caro fazer manutenção quase todo o mês. Quem vai pagar minha conta? - pergunta o morador.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta das placas com nomes de ruas e a sinalização de trânsito
A Secretaria de Mobilidade Urbana diz que a demanda será repassada ao Setor Técnico para a vistoria e inclusão do serviço no cronograma da pasta.

Outra reclamação de uma senhora que mora há 40 anos no bairro é em relação ao transporte coletivo:

 - Ele (o ônibus) passa só em horário de pico dentro do bairro. Nos outros períodos do dia, temos que descer até a BR-287. Mas, com a quantidade de buracos, temos medo de perder os horários.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a falta de manutenção e pavimentação, os buracos e o transporte coletivo
A Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos diz que algumas vias já receberam manutenção para recuperar a trafegabilidade. As que ainda não receberam reformas, serão inseridas no cronograma de trabalho. 

Vizinhos do Bairro Juscelino Kubitschek sofrem com buracos e faltam de ônibus

Outro problema é em relação ao Posto de Saúde Oneyde de Carvalho. A vizinhança diz que quando um dos médicos tira férias, eles ficam sem atendimento, já que não tem ninguém para substituir. Além disso, os moradores contam que com frequência faltam remédios e curativos no local.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre a unidade de saúde
A Superintendência de Atenção Primária do Município diz que existem dois médicos para atender à comunidade. Além disso, a Unidade Oneyde de Carvalho esta incluída no projeto que visa à ampliação da estrutura. 

ÀS ESCURAS

A iluminação é precária na praça e em vários pontos do Dom Antônio Reis. É comum a substituição de lâmpadas queimadas pelas da própria vizinhança:

Moradores do bairro Rosário convivem com assaltos a pedestres e estabelecimentos

- Não podemos sair à noite. A insegurança predomina. Ficamos com medo de colocar o pé pra fora de casa. Os assaltos são constantes e não vemos o policiamento passar por aqui - lamenta Fraga.
O QUE DIZ A BRIGADA MILITAR Sobre a insegurança no bairro
Conforme o Comandante do 1º Regimento de Polícia Montada (1 RPmon), Tenente-coronel Erivelto Hernandes Rodrigues, a BM faz diuturnamente o policiamento preventivo da região.  

Em algumas ruas, o cenário mais preocupante é o de acúmulo de lixo. Já em outros, é a vegetação alta de terrenos baldios que incomoda:

Está bem difícil passar pelas ruas do Bairro Lorenzi

- Tememos que bichos peçonhentos se criem no local e ataquem os moradores. É muito perigoso - completa Fraga.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre o acúmulo de lixo nas ruas do bairro
A Secretaria de Meio Ambiente fará uma vistoria na região para incluir as áreas no cronograma de limpeza, caso os focos sejam constatados. 
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre os terrenos baldios espalhados pelo bairro
Conforme a Secretaria de Meio Ambiente, se os terrenos não forem áreas verdes, uma denuncia deve ser feita pelo telefone (55) 3921-7238.O contribuinte também pode ir ao Centro Administrativo Municipal, na Rua Venâncio Aires, 2.277, no 4º andar. 

Outro inimigo dos moradores são os alagamentos na Rua Dom Miguel Lima Val Verde e a falta de acessibilidade:

Ruas esburacadas incomodam vizinhança do Bairro Renascença

- Tenho um irmão cadeirante e, em dias de chuva, não podemos deslocar ele para nenhum lugar. A água chega a entrar no pátio de casa, é bem ruim - reclama uma moradora que preferiu não se identificar.
O QUE DIZ A PREFEITURA Sobre o alagamento na Rua Dom Miguel Lima Val Verde
De acordo com a Secretaria de Infraestrutura e Serviços Públicos, uma vistoria será realizada para verificar a necessidade de possíveis intervenções. 

Ela está no bairro há 38 anos e conta que não há esgoto e nem água encanada no local.

Vazamento crônico na Rua Padre Landell de Moura prejudica o deslocamento

Outro morador, que preferiu não se identificar, diz que na Rua Padre Landell de Moura já são mais de 10 protocolos na Companhia Riograndense de Saneamento (Corsan). O motivo é o constante pedido para arrumar um vazamento na via. Ele mora há mais de seis anos na região e diz que é muito descaso com os moradores do bairro.
O QUE DIZ A CORSAN
O Diário entrou em contato com a concessionária por e-mail, mas, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.

Colaborou Natália Venturini

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